Delegado diz que violência doméstica é “corriqueira” no interior do Amapá
Bruno Braz, ajudou a salvar mais uma vítima de feminicídio, no velho enredo do ex companheiro não aceitar fim do relacionamento.
Cleber Barbosa
Da Redação
O delegado de polícia Bruno Braz, titular da Delegacia de Polícia de Porto Grande (AP) disse nesta quinta-feira (13) que a violência doméstica é algo corriqueiro em municípios do interior do estado, uma realidade que ele conhece bem. Também alerta que o criminoso incorre em uma série de crimes que não exclusivamente o feminicídio.
O policial foi convidado a conceder entrevista na série de entrevistas da temática “Agosto Lilás”, do programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), quando deu mais detalhes – aliás contundentes – sobre essa dura realidade encontrada por lá, inclusive relatando um caso recente em que a ação rápida da polícia impediu mais um caso de feminicídio em que um homem de 39 anos esfaqueou a ex companheira, uma jovem de 23 anos – que felizmente sobreviveu.
O delegado chegou a conduzir pessoalmente a diligência para checar a denúncia que acabara de chegar à delegacia, repassada pela mãe da vítima. “Duas crianças filhas do casal, de quatro e dois anos, assistiram a toda a violência sofrida pela mãe, mantida como cárcere privado por várias horas”, disse ele.
Com a ajuda de policiais militares, foi possível estourar o cativeiro e após uma estressante negociação com o criminoso, ele acabou detido e está recolhido na delegacia para posterior transferência para a Penitenciária.
Enquadramento
O delegado lembra ainda que apesar de recorrente, a violência doméstica na verdade é uma conjugação de vários crimes, desde o de ameaça, cárcere privado, lesão corporal, violência patrimonial, violência moral e psicológica, difamação, injúria e a nova tipificação ao homicídio contra uma mulher – por questão meramente de gênero – que é o feminicídio. “A gente tem percebido nos últimos meses um aumento desse tipo de casos, como a imprensa vem noticiando e a sociedade está acompanhando também perplexa, mas nós estamos adotando providências para coibir e evitar”, concluiu.
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