Polícia

Detento monitorado com tornozeleira eletrônica é executado em Oiapoque

Vítima, que é ex-soldado do Exército, respondia em liberdade condicional, com uso de tornozeleira eletrônica, pelo crime de furto qualificado. Polícia Civil apura o caso.


Elden Carlos
Editor

 

Aguardando julgamento, no regime aberto domiciliar, pelo crime de furto qualificado (Art.155), com uso de tornozeleira eletrônica, o ex-soldado do Exército, Felipe Rodrigo da Silva Soares, de 27 anos, foi assassinado com vários tiros na noite de sexta-feira (22), em frente à casa onde ele morava, na rua Presidente Kennedy, Centro de Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá.

Felipe era ex-soldado do Exército e serviu em Oiapoque

Segundo o Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes), a ocorrência foi registrada às 23h12. O algoz teria ido até a frente da residência de Felipe e chamado por ele. Assim que saiu, acabou alvejado com vários disparos à queima roupa. Ele ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

 

O corpo foi removido para Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado. A Polícia Militar fez diligências na região, mas não localizou o suspeito dos disparos. A Polícia Civil assumiu as investigações e vai apurar a motivação para o crime.

 

Prisão

 

Felipe Rodrigo foi preso em janeiro do ano passado pelo crime de furto. Segundo denúncia do Ministério Público do Amapá, ele prestava serviços para a dona de um sítio localizado no quilômetro 19 da BR- 156, zona rural do município de Oiapoque.

No dia 1 de janeiro, por volta de 17h, ocorria uma confraternização no sítio. Felipe foi flagrado por participantes do evento furtando o aparelho celular da então patroa. Eles informaram a mulher sobre o que teria ocorrido. Assim que ela tentou se aproximar para pedir explicações, Felipe se embrenhou em área de mata.

 

Sem entender o motivo do furto, a vítima foi até a casa da mãe do suspeito, mas ele não foi localizado. O grupo retornou para o sítio onde pernoitou. Na manhã do dia 2, por volta de 7h, foi percebido que a picape da família havia sido levada durante a madrugada.

 

Vítima levou vários tiros à queima roupa

Felipe conhecia bem a casa e não encontrou dificuldades para entrar, pegar as chaves reservas e fugir, levando o veículo. A picape só foi localizada, um dia depois, abandonada na orla de Macapá, avariada por uma batida. Ele acabou preso.

 

No dia 26 de março deste ano, a juíza Fabiana da Silva Oliveira, da 2ª Vara da Comarca de Oiapoque, determinou a liberdade condicional de Felipe, que estava recluso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), em razão de medidas de segurança impostas pela pandemia do coronavírus. Dois meses depois de sua saída, acabou executado.


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