Polícia

Empresária Dayanne Lima é solta após passar quatro meses no IAPEN

Ela estava no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) desde abril, quando foi presa em operação da Polícia Federal em Macapá. 


Paulo Silva
Da Redação

 

A empresária Dayanne Lima, da empresa DL Promoções, acusada de estelionato e lavagem de dinheiro em esquema criminoso montado pelo seu ex-marido, o “investidor” Elton Félix Gobi Lira, da Êxito Assessoria, está fora da cadeia desde último dia 31. Ela estava no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) desde abril, quando foi presa em operação da Polícia Federal em Macapá.

 

Na sexta-feira (28), o juiz federal Antônio Campelo, da 4ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Pará concordou com o pedido da defesa para que fosse reduzida a fiança. O valor caiu para R$ 50 mil. Dayanne Lima não poderá se ausentar do Amapá por mais de 30 dias sem autorização judicial e fica na obrigação de comunicar mudança de endereço.

 

No final de abril, o juiz Antônio Campelo estabeleceu em 200 salários mínimos (R$ 187,4 mil) a fiança para liberar Dayanne Lima, ex-mulher de Elton Félix Gobi Lira, dono da empresa Exito Assessoria acusada de aplicar golpes previdenciários em prefeituras do Amapá e do interior do Pará.

 

Dayanne Lima, que foi candidata à vice-prefeita de Macapá na eleição de 2016, estava presa desde o dia 11 de abril, quando foi apanhada na Operação Olho de Tandera da Polícia Federal, cumprindo prisão preventiva.

 

Inicialmente o juiz negou a revogação da prisão, mas reconsiderou a decisão e estabeleceu fiança de 200 salários mínimos. Mesmo sendo agora a ex-mulher de Elton Lira, Dayanne é tida como integrante de uma organização que teria faturado cerca de R$100 milhões desviando recursos aplicados. Ela e o então marido chegaram a promover vários shows em Macapá, entendido como uma forma de lavar dinheiro.

 

Elton Lira se passava por economista e investidor, oferecendo aplicações com altos rendimentos (de 14% a 20% mensais) na Bolsa de Valores e garantia de retorno. Ele se reunia com os incautos em hotéis de luxo, ostentando carros e relógios caros e fingia que era amigo de pessoas influentes do setor, com o objetivo de convencer as vítimas a fechar o negócio.

 

Com os contratos firmados, Lira embolsava os investimentos e enviava falsos extratos da Bolsa para as vítimas, dando a entender que a aplicação estaria rendendo. Quando elas cobravam o resgate do dinheiro, no entanto, ele dava desculpas, protelando a entrega e se esquivando das datas. No Amapá, o alvo da Êxito Assessoria foi a prefeitura de Santana, lesada em R$800 mil.


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