Polícia

Empresário é preso após execução em lanchonete

Homem de 37 anos foi executado pelo empresário ‘Trindade’ com vários tiros de pistola calibre Ponto 40. Empresário responde a pelo menos outros três crimes da mesma natureza.


O empresário José Hernandes ‘Trindade’, de 40 anos, executou com vários tiros de pistola calibre Ponto 40 na noite de quinta-feira (15) um homem identificado como Carlos Alexandre Martins, de 37 anos, o ‘Paulista’.

 

O crime ocorreu por volta de 22h no interior de uma lanchonete localizada no cruzamento da Avenida Clodóvio Coelho com a Rua Odilardo Silva, bairro do Trem. Havia muita gente no local na hora da execução. Testemunhas relataram que o empresário chegou a trocar o pente da arma para finalizar a vítima.

Segundo a polícia – com base em depoimentos – Trindade, que estava de moto, vinha perseguindo a vítima que buscou abrigo no interior da lanchonete. “O cara [Trindade] vinha atirando contra essa pessoa já na rua. Foi quando o rapaz correu aqui pra dentro e acabou alcançado e morto”, relatou uma testemunha.

Após executar o alvo, o empresário deixou o local, mas foi abordado por um policial à paisana que se identificou e deu ordem para que ele se rendesse. Trindade teria subido na moto atirando contra o policial que revidou e alvejou o empresário. Ele foi socorrido e levado ao Hospital de Emergências de Macapá (HEM) onde permaneceu sob escolta policial.

“Vamos apurar a motivação para o crime. Esse empresário já é investigado por outros assassinatos, mas ele sempre conseguia escapar, sendo identificado posteriormente. Ele esteve preso, mas conseguiu habeas corpus para responder em liberdade. Essa foi a primeira vez que ele acabou preso em flagrante”, disse o delegado Wellington Ferraz, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe).

Com o preso a polícia apreendeu a arma usada na execução. O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado. O delegado aguardava a liberação médica do empresário para poder ouvi-lo na delegacia, e, principalmente, saber a motivação para o assassinato.

 

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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