Polícia

Empresário investigado por assassinato de irmãos é preso preventivamente

Com empresário a polícia apreendeu uma pistola calibre 380 carregada com 15 munições. Arma está acautelada para um agente penitenciário, segundo a polícia.


Roma seria transferido para o Iapen

O empresário Geandro de Freitas Barros, o ‘Roma’, foi preso preventivamente na tarde de segunda-feira (10) durante uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe). No momento da prisão, ocorrida na zona sul de Macapá, o empresário carregava na cintura uma pistola calibre 380 com 15 munições. Ele recebeu voz de prisão em flagrante pela posse do armamento.

Segundo o delegado Wellington Ferraz, titular da Decipe, Roma é investigado pelo assassinato de Kevin Patrick Nascimento Rodrigues, de 20 anos, o ‘Maniçoba’, assassinado com vários tiros no dia 29 de setembro deste ano na Avenida Remo Amoras, bairro do Muca.

Testemunhas foram categóricas em afirmar que o autor dos disparos foi o empresário. A morte de Maniçoba estaria supostamente ligada à cobrança de uma dívida, cujo teor ainda é apurado pela polícia. A polícia vai apurar se a arma apreendida com Roma é a mesma utilizada no assassinato do jovem. O exame de balística deverá confirmar, ou não.

Roma teria dito que a arma foi comprada por ele há dois anos, mas a polícia descobriu, pelo registro, que ela pertence a um agente penitenciário. Não existe registro por parte do servidor público de furto ou roubo do armamento. Segundo o delegado, o agente será intimado a prestar depoimento.

Ainda de acordo com o delegado, após ter supostamente abatido seu devedor, o empresário teria encomendado a morte da principal testemunha do caso, Natan, que era irmão de Maniçoba. Natan foi assassinado em uma área de mata do bairro Marabaixo III cerca de um mês depois.

“Existe essa linha de investigação que mostra que as mortes estão possivelmente ligadas. O investigado se manteve em silêncio na maior parte do tempo, o que lhe é assegurado, mas os indícios depõem contra ele”, relatou Ferraz.

Pelo porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, Roma ainda teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia. Após os trâmites legais ele passaria por exame de corpo delito e seria encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).


Deixe seu comentário


Publicidade