Polícia

Erro policial gera confusão e transtornos em barco com viagem para Portel

Policial militar do Pará achou de acusar de homicida um menor de idade que viajava na mesma embarcação, que teve que retornar à Macapá, depois de três horas de viagem para Portel (PA). Após tudo, o esclarecimento: o garoto é inocente.


Um policial militar, por um erro de avaliação, conseguiu atrapalhar a vida de cerca de duzentas pessoas que viajavam no barco ‘Sempre com Deus’, de Macapá para Portel (PA). O caso ocorreu à noite de quarta-feira. O policial, da PM do Pará, acusou um menor de idade de participação na morte do soldado PM Amauri, assassinado em Macapá na virada de domingo para segunda-feira passados.

 

A embarcação Sempre com Deus desatracou do Porto das Pedrinhas, por volta das 17h30min de quarta-feira, com destino a Portel. Depois de três horas de viagem o PM paraense foi ao comandante do barco, conhecido por ‘Baixinho’, determinando que ele retornasse para Macapá, pois entre os passageiros estava um assassino.
No ver do policial, o assassino era um menor de idade que, ainda segundo ele, participara da morte do soldado PM Amauri. O comandante acatou a determinação, fazendo o procedimento de bordo para retorno à Macapá, onde o militar se responsabilizara de entregar o acusado à autoridade da Polícia Civil.
Os passageiros e a tripulação do barco, ao verem a manobra, procuraram saber o motivo, mas tiveram o silêncio como resposta, astúcia orientada pelo policial militar para não espantar o ‘pequeno assassino’.

 

Mas o menor de idade suspeitou que aquele alvoroço todo deveria ser por sua causa, uma vez que olhares de muitos ocupantes do barco começaram a lhe ser dirigidos como que o incriminando por alguma coisa.

 

O menino conseguiu falar pelo telefone com a sua mãe. Então a família dele, em Macapá, começou a se mobilizar para receber a embarcação que estava de retorno à capital. Com a maré baixa, o Sempre com Deus não pode ancorar nas Pedrinhas, tendo que ser levado à Santana, onde houve a atracação.

 


No porto santanense houve confusão geral. O garoto foi apresentado pelo PM do Pará a policiais da Força Tática. Quando tudo ficou esclarecido, o militar foi desmoralizado, porque quem acusava não teve participação na morte de Amauri. O menor de idade, como referência negativa, tem a desdita de ser irmão do elemento que morreu em troca de tiros com a Polícia Militar na tarde de terça-feira, 6, atrás do conjunto residencial Açucena, após ter cometido assalto.

 

Para a mãe do menor acusado e depois inocentado, Madalena Farias da Silva, o policial militar do Pará, na verdade, pode não ter se equivocado ao acusar o menino, mas feito aquilo com consciência, porque os dois se conhecem de Portel, e como I.S.L. tinha um irmão marginal, imaginara que todos da família seguem por esse caminho.


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