Família diz que cadáver encontrado em ramal é de homem desaparecido há cinco dias
Ajudante de pedreiro saiu de casa no sábado (15) com R$ 400 no bolso. Ele desapareceu após ter atendido uma ligação enquanto bebia em um bar no bairro Infraero II
Familiares de Daniel dos Santos Andrade, de 27 anos, afirmaram que o corpo encontrado em avançado estado de decomposição no final da tarde de quinta-feira (20) na Linha B da AP-440 (Km 9) é do homem que estava desaparecido desde sábado (15).
Segundo a família, amigos contaram que por volta da meia noite de sábado, Daniel estava bebendo em um bar no bairro Infraero II, e que ele recebeu uma ligação. A vítima teria deixado o local e uma hora depois ele ligou informando que estava na Linha C. Esse foi o último contato.
Nesta quinta-feira, moradores da região que passavam pelo local se depararam com o cadáver. Peritos disseram preliminarmente ter encontrado uma perfuração na parte de trás no crânio, e que esse orifício pode ter sido provocado por um tiro. Os punhos de Daniel estavam amarrados.
Próximo ao corpo a polícia encontrou a carteira de identidade da vítima. Ele estava com uma camisa branca e bermuda jeans, a mesma roupa que havia saído de casa. Ainda de acordo com os parentes, o homem, que trabalhava como ajudante de pedreiro, havia recebido R$ 400 no dia do desaparecimento. O dinheiro não foi encontrado, assim como a porta-cédula e aparelho celular.
“Apesar desse reconhecimento feito pela família, teremos que aguardar o resultado do exame de DNA para comprovar que, de fato, é a pessoa que eles [parentes] afirmam ser, já que na verdade ele está em processo de esqueletização”, disse o perito Odair Monteiro.
O esqueleto foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado. A polícia deve pedir a quebra do sigilo telefônico de Daniel para tentar identificar quem fez a ligação que resultou no seu desaparecimento.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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