Jovem atropelada com o namorado morre na UTI do Hospital de Santana
Sesa confirmou morte da jovem de 25 anos de idade na manhã deste sábado. As causas do óbito não foram divulgadas a pedido da família.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou na manhã deste sábado (27) a morte da jovem Tiely Alves Medeiros, de 25 anos, que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Santana desde domingo (21) quando ela e o namorado, o lutador de MMA Raulian Paiva Frazão, de 22 anos, foram atropelados por um carro no cruzamento da Avenida Princesa Izabel com a Rua Ubaldo Figueira, Centro de Santana.
Segundo a Sesa, a família não autorizou divulgar a causa do óbito. Tiely estava em coma induzido e respirava através de ventilação mecânica. Com a morte da jovem, os dois principais suspeitos do atropelamento, identificados como Elber Nunes Zacheu, de 28 anos, e o professor Johny de Souza Amoras, de 31 anos, devem ser indiciados por homicídio doloso (quando existe a intenção de matar) segundo avaliou um delegado.
O corpo da jovem foi removido para o Departamento Médico Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado. Também não foram divulgados horários e locais do velório e sepultamento.
O caso
A jovem Tiely Alves Medeiros, de 25 anos, e o namorado dela, o lutador de MMA Raulian Paiva Frazão, de 22 anos, que sofreu escoriações pelo corpo, foram atropelados no final da madrugada do último domingo (21), em um cruzamento do Centro de Santana. Vítimas estavam de moto.
Segundo testemunhas, o casal estava em uma casa noturna quando a namorada de Raulian teria sido assediada por um grupo de homens, que, apesar de terem visto que a jovem estava acompanhada, mantiveram o assédio e chegaram a proferir palavras ofensivas contra o lutador que não revidou. Houve apenas uma troca de palavras e o casal deixou o local de moto.
Eles teriam parado em uma loja de conveniência para comprar água e ao sair foram seguidos por dois homens em um carro. Raulian parou a moto em um cruzamento onde o sinal estava fechado. Ele e a namorada foram atingidos por trás e arremessados vários metros à frente. Tiely ainda acabou arrastada na sequencia por alguns metros. O carro entrou em pane e os dois ocupantes foram detidos por populares que acompanharam o caso. O automóvel acabou incendiado. A Polícia Militar (PM) foi acionada e os dois suspeitos do atropelamento foram presos.
Conversão de prisão
A juíza Larissa Noronha Antunes, do Núcleo de Garantias da Comarca de Santana, município distante 17 quilômetros da capital, Macapá, converteu em preventiva a prisão em flagrante do cabeleireiro Elber Nunes Zacheu, de 28 anos, e do professor Johny de Souza Amoras, de 31 anos.
A conversão ocorreu durante audiência de custódia nesta segunda-feira (22). Após a decisão da juíza, que considerou entre outros fatos a garantia da manutenção da ordem pública – já que o caso comoveu a sociedade – os dois homens foram encaminhados para exame de corpo delito na Polícia Técnico-Científica (Politec) e de lá seguiram para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Defesa
Os advogados de defesa afirmaram que estariam ingressando com habeas corpus para garantir que seus clientes respondam ao processo em liberdade. Em áudio gravado durante a audiência de custódia, Elber Zacheu afirma que não dirigia o veículo e que antes do acidente, ele havia sido agredido com duas tapas pelo lutador.
Zacheu alega na gravação que após a suposta agressão do lutador, ele e Johny saíram no carro, e que foram perseguidos por amigos de Raulian, e que no cruzamento acabou ocorrendo o acidente, e que não foi uma tentativa de homicídio.
Afirmativa
O depoimento de Elber Zacheu contradiz o que afirmou o lutador de MMA. Raulian declarou que ele e a namorada foram cercados por um grupo de homens que teriam assediado sua namorada, e que mesmo assim ele deixou o local de moto sem revidar.
A vítima relatou ainda que Elber e Johny seguiram o casal no carro, e que ao parar em um semáforo no Centro de Santana foram atropelados de forma violenta. Ambos foram arremessados da moto, mas o capacete de Tieli – que não estava afivelado – saiu e ela caiu de rosto no chão, ainda sendo arrastada por alguns metros pelo carro que levou a moto presa na frente por um quarteirão.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e deverá intimar várias pessoas para esclarecer de fato o que houve naquela madrugada.
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