Polícia

Juiz federal fixa em 200 salários mínimos fiança para liberar Dayanne Lima da cadeia

Dayanne Lima, que foi candidata à vice-prefeita de Macapá na eleição de 2016, está presa desde o dia 11 de abril, quando foi apanhada em operação (Olho de Tandera) da Polícia Federal, cumprindo prisão preventiva.  


Paulo Silva
Editoria de Política

O juiz federal Antônio Campelo, da 4ª Vara da Seção Judiciária do Pará, estabeleceu em 200 salários mínimos (R$ 187,4 mil) a fiança para liberar da cadeia a empresária Dayanne Lima, ex-mulher de Elton Félix Gobi Lira, dono da empresa Exito Assessoria acusada de aplicar golpes previdenciários em prefeituras do Amapá e do interior do Pará.

Dayanne Lima, que foi candidata à vice-prefeita de Macapá na eleição de 2016, está presa desde o dia 11 de abril, quando foi apanhada em operação (Olho de Tandera) da Polícia Federal, cumprindo prisão preventiva.

Inicialmente o juiz negou a revogação da prisão, mas reconsiderou a decisão e estabeleceu fiança de 200 salários mínimos. Mesmo sendo agora a ex-mulher de Elton Lira, Dayanne é tida como integrante de uma organização que teria faturado cerca de R$100 milhões desviando recursos aplicados. Ela e o então marido chegaram a promover vários shows em Macapá, entendido como uma forma de lavar dinheiro.

Elton Lira se passava por economista e investidor, oferecendo aplicações com altos rendimentos (de 14% a 20% mensais) na Bolsa de Valores e garantia de retorno. Ele se reunia com os incautos em hotéis de luxo, ostentando carros e relógios caros e fingia que era amigo de pessoas influentes do setor, com o objetivo de convencer as vítimas a fechar o negócio.

Com os contratos firmados, Lira embolsava os investimentos e enviava falsos extratos da Bolsa para as vítimas, dando a entender que a aplicação estaria rendendo. Quando elas cobravam o resgate do dinheiro, no entanto, ele dava desculpas, protelando a entrega e se esquivando das datas. No Amapá, o alvo da Êxito Assessoria foi a prefeitura de Santana, lesada em R$800 mil.

Na sexta-feira, dia 27, o juiz Antônio Campelo decidiu acatar o parecer do Ministério Público Federal e aplicou a multa para liberar Dayanne Lima, que também não poderá se ausentar do Amapá por mais de 30 dias sem autorização judicial e fica na obrigação de comunicar mudança de endereço. A reportagem do Diário do Amapá tentou ouvir o advogado dela em Macapá, mas as ligações não foram atendidas e nem foi dado retorno até o fechamento da matéria.


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