Polícia

Juiz manda prender empresário condenado por morte da modelo Patrícia Melo

Juiz de Brasília determinou cumprimento da pena em regime fechado. Montenegro foi condenado a 12 anos de prisão.


O juiz Walter André de Lima Bueno Araújo, da Vara de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), assinou mandado de prisão, na segunda-feira (17), contra o empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, da Serpol – Segurança Privada Ltda.

 

Ele está condenado desde 2017, acusado de provocar a morte da ex-modelo Patrícia Melo, crime ocorrido em 2005, ao empurrá-la do 14º andar (suíte 1.134) do Hotel Gran Bittar, onde os dois estavam hospedados. Mesmo condenado, Carlos Montenegro estava em liberdade aguardando julgamento de recursos, todos negados pela justiça do Distrito Federal (DF). O juiz manda cumprir a pena no regime fechado.

 

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), que prevaleceu no julgamento, Carlos Montenegro empurrou Patrícia para a morte depois que ela recusou investida sexual dele, versão que a defesa do dono da Serpol nega.

 

Carlos Humberto Pereira Montenegro foi julgado por júri popular em Brasília, e condenado a nove anos de prisão, em fevereiro do ano passado, 12 anos após o crime.

 

Quando foi assassinada, no dia 7 de janeiro de 2005, Patrícia Melo, que era empregada da Serpol havia apenas dois meses, tinha 22 anos de idade. Conforme a perícia, ela foi jogada de uma altura equivalente a 43 metros.

 

À polícia, Montenegro contou que os dois tinham ido a um bar em um shopping e ele a deixou no hotel. Logo depois, segundo o discurso do homem, ela se jogou da janela. Ele ainda tentou garantir que ela sofria de depressão.

 

“O denunciado, contudo, descontente com a recusa, mas insistindo no propósito de tê-la a qualquer custo, houve por bem em trazê-la para Brasília, com o propósito dissimulado, vindo ambos a se hospedar no mesmo quarto, num hotel de luxo da capital. Ocorre, porém, que, como a vítima não cedeu ao assédio, recusando-se a com ele permanecer na cidade (não tinha completado nem 24 horas em Brasília), o denunciado, em revide, a lançou do alto do 14º andar do prédio, pela sacada do quarto abaixo”, revela trecho da denúncia do Ministério Público.


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