Polícia

Mototaxista foi usado como ‘laranja’ para ganhar licitação de 20 milhões no AP, diz PF

Operação Arauto desarticula quadrilha que fraudava licitação no Amapá. Estão sendo cumpridos 7 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Macapá (AP); Belém (PA); Porto Velho (RO); São Paulo (SP) e Curitiba (PR).


A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quinta-feira (27) 7 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão no curso da Operação Arauto, desencadeada simultaneamente nas cidades de Macapá (AP); Belém (PA); Porto Velho (RO); São Paulo (SP) e Curitiba (PR).

 

O objetivo, segundo a PF, é desarticular uma quadrilha que fraudava licitação de consultoria no Estado do Amapá. A ação é resultado de um trabalho em conjunto a Controladoria Geral da União (CGU). Durante o cumprimento das ordens judiciais, também ocorre o sequestro de bens e valores dos investigados.

 

De acordo com as investigações, duas empresas de consultoria, previamente ajustadas, articipavam da licitação, visando dar aparência de concorrência. Contudo, no ato da abertura das propostas da licitação, verificou-se que o representante de uma das empresas concorrentes era um mototaxista, que teria recebido R$ 50 para entregar a proposta, sem participar do certame.

 

Residência do médico Ubiratan Picanço, pai de Juliano, ex-Seplan no governo Camilo (PSB)

 

O valor aproximado da licitação objeto da investigação era de R$ 20 milhões, com aporte de recursos do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Verificou-se a atuação de lobista junto ao BNDES, cuja função principal era obter recursos para o Estado do Amapá. Ele atuava em conluio com empresários e agentes públicos na contratação fraudulenta de empresa de consultoria com a finalidade de desviar parte dos recursos. Ao menos R$ 2 milhões foram desviados em favor da atuação do lobista. A investigação também apontou o pagamento de vantagens indevidas ao fiscal do contrato.

 

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e peculato. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 31 anos reclusão.

 

Confira os Vídeos da Operação

Edíficio Office Araguary

 

* O termo arauto significa “mensageiro, porta-voz” e, no caso, faz alusão ao lobista que atuava como mensageiro entre funcionários do BNDES, empresários e agentes públicos.


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