Polícia

PC deflagra operação contra quadrilha de estelionatários no Amapá

Investigados usavam redes sociais para ‘vender’ produtos com preço abaixo do mercado, mas mercadorias nunca eram entregues. Golpe fez vítimas em pelo menos 16 estados.


A 10ª Delegacia de Polícia Civil, sediada no distrito da Fazendinha, deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (3) para cumprir 18 ordens judiciais, sendo 8 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão preventiva contra uma quadrilha de estelionatários que vem cometendo crimes cibernéticos a partir do Amapá.

De acordo com o delegado Nixon Kennedy, presidente do inquérito, a quadrilha estava ludibriando vítimas por todo o país, sendo identificadas em pelo menos 16 Estados, gerando prejuízo aproximado de R$ 50 mil com os reiterados estelionatos.

“A fraude consistia na utilização do aplicativo denominado Instagram, sítio em que os estelionatários estavam enganando as vítimas com o anúncio e venda de produtos caros e de luxo, como smartphones, tablets, relógios, tênis, mas com preços muito abaixo do praticado no mercado. Ocorre que, por se tratar de estelionato, as mercadorias nunca eram entregues”, revelou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, a quadrilha teria arregimentava pessoas para concorrerem nas fraudes, cedendo contas correntes e poupanças para que o grupo pudesse obter a vantagem ilícita usurpada das vítimas. Foram apontados 3 líderes e pelo menos 5 operadores do esquema, que também percebiam recursos com as fraudes.

A investigação iniciou há cinco meses, após o envio de uma ocorrência da 12º Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, que noticiou uma fraude na compra de um smartphone.

“Os fraudadores já contavam com mais de 30 mil seguidores na conta, concluindo que há centenas de vítimas ainda não identificas. Esta operação cumpre papel preventivo e repressivo, extremamente necessários para evitar prejuízos a consumidores, e dano à credibilidade das vendas pela internet”, concluiu.

Participaram da operação a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) e Divisão de Capturas. Os presos seriam inicialmente levados ao Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval, escolhido como base da operação por causa da logística. As viaturas deixaram o local por volta de 5h30 da manhã para dar cumprimento às ordens judiciais.

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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