Polícia

PC diz que falsa médica que atuava em Santana (AP) nunca cursou medicina na Federal do Ceará

Samantha Valéria é investigada pelos crimes de estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e exercício irregular da medicina. A falsificação de documentos ainda garantiu a ela tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19, segundo a polícia.


 

Elden Carlos
Editor-chefe

 

A Polícia Civil do Amapá confirmou, em nota, nesta quarta-feira (07), que Samantha Valéria Souza da Costa, que é investigada em inquérito policial pelos crimes de estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e exercício irregular da medicina, não compareceu à sede da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), do bairro Nova Esperança, para prestar depoimento sobre as acusações. Os advogados dela alegaram problemas de saúde da investigada.

Samantha foi contratada como médica bolsista no dia 17 de março deste ano pela Secretaria Municipal de Santana, na Região Metropolitana de Macapá, e vinha exercendo a profissão ilegalmente na Unidade Básica de Saúde (UBS) Anauerapucu, de onde partiu a denúncia.

Segundo a polícia, o caso passou a ser descoberto no dia 30 de março, quando houve uma denúncia feita à 1ª Delegacia de Polícia da capital. O denunciante afirmava que Samantha estava exercendo papel de médica na comunidade sem nunca ter cursado medicina.

 

A partir da denúncia o delegado José Neto diligenciou com sua equipe até a UBS onde flagrou a mulher utilizando vestimenta e carimbo identificados como médica.

“No momento da abordagem a mulher apresentou justificativa factível, afirmando ter cursado faculdade de medicina no Estado do Ceará e ter sido contratada formalmente pela Secretaria de Saúde de Santana”, diz trecho da nota oficial.

O delegado José Neto foi à Secretaria Municipal de Saúde de Santana onde teve acesso ao procedimento de contratação. Foi verificando que para ser admitida a infratora usou uma certidão falsa do Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP) e um atestado falso de conclusão do curso de medicina.

“Falsidades devidamente comprovadas através de ofícios encaminhado respectivamente pelo presidente do CRM-AP e pelo coordenador do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará”, descreve outro trecho da nota.
Em resposta ao ofício encaminhado pela Polícia Civil do Amapá, a universidade cearense afirmou que Samantha nunca sequer foi aluna da instituição de ensino superior de ensino federal.

“Por derradeiro, há indícios que indicam que a infratora, por supostamente ser médica, recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19. O procedimento policial será encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia de Santana, que possui atribuição para continuar as investigações”, encerra a nota da polícia judiciária.


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