PC prende principal suspeito de matar policial rodoviário aposentado em Santana
Geandro ‘Grego’ foi preso no início da manhã desta sexta-feira (28) no município de Tartarugalzinho. Ele será escoltado para a 2ª DP, em Santana.
A Polícia Civil do município de Tartarugalzinho, distante 230 quilômetros de Macapá, prendeu no início da manhã desta sexta-feira (28) Geandro de Souza Sobral, o ‘Grego’, que é acusado de ser o principal executor do policial rodoviário federal aposentado Rubens Silva de Menezes, de 72 anos, morto com um tiro na cabeça na noite de 8 de junho passado, na Ilha de Santana, em crime de latrocínio.
A delegada Luiza Maia, presidente do inquérito instalado na 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) de Santana, disse no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) que Grego já estava com a prisão preventiva decretada e que as investigações apontavam que ele estaria homiziado no interior do estado.
Delegada Luiza Maia preside inquérito
“Divulgamos a foto do investigado e a população colaborou com denúncias que levaram até seu paradeiro. A prisão ocorreu ainda pouco e uma equipe da 2º DP, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já saiu em comboio para escoltar o criminoso até Santana. O menor apreendido semana passada foi enfático em afirmar que Grego foi o homem que puxou o gatilho da arma que matou o policial. Agora, com a prisão dele, vamos desdobrar as investigações”, assegurou a delegada.
Grego deverá chegar a Santana ainda nesta sexta-feira para ser ouvido em depoimento antes de passar por exame de corpo delito na Polícia Técnico-Científica (Politec). Ele ficará à disposição da justiça no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Menor detalhou crime
A delegada Luiza Maia confirmou a transferência na sexta-feira da semana passada (21) para o Centro de Internação Provisória (CIP), em Macapá, do adolescente envolvido no crime de latrocínio do policial rodoviário federal aposentado Rubens Silva de Menezes, de 72 anos.
O infrator, de 16 anos, foi localizado quinta-feira (20) no bairro São Lázaro, zona norte de Macapá. “Havíamos representado pela prisão preventiva desse investigado, mas ao ser capturado ele alegou ter 16 anos. Fizemos a confirmação e representamos pela conversão da preventiva em custódia provisória, o que foi acatado pela justiça”, declarou a delegada.
Menor disse que ordem para matar policial partiu de uma facção do Iapen
Depoimento
Luiza Maia – que preside o inquérito – disse que durante a tomada de depoimento o menor se mostrou frio e afirmou de forma categórica que o tiro que matou o policial foi disparado pelo comparsa dele, Geandro de Souza Sobral, o ‘Grego’.
Ordem para matar o policial
Ainda durante o interrogatório, o infrator declarou que a dupla já havia se apossado de jóias, dinheiro e das armas que Rubens Menezes guardava em casa. “O investigado diz que após consumar o roubo, mantiveram contato com um detento do Iapen e que esse preso determinou a execução do policial”, afirmou a delegada.
O adolescente relatou ter saído do quarto e ido até a porta da sala ‘vigiar’. Foi quando ele disse ter escutado um único disparo vindo de dentro do quarto. Em seguida, os dois saíram correndo. A arma usada para matar o policial foi um revólver calibre 38.
Faccionado
O menor também foi categórico em afirmar que ele e Grego são integrantes de uma facção criminosa denominada Amigos Para Sempre (APS). “Durante toda a tomada de depoimento esse infrator reiterou que tanto ele quanto o comparsa servem a essa facção e que a escolha do policial não foi aleatória. A facção tinha informações de que o Menezes mantinha dinheiro e armas em casa. Além disso, foi também da liderança dessa facção a ordem dada para eliminar a vítima. Agora, o menor diz temer pela vida dele, já que revelou parte do esquema”, diz Maia.
Terceiro envolvido
O terceiro elemento envolvido no latrocínio do policial rodoviário federal aposentado é Gean Osvaldino, de 18 anos, preso preventivamente dois dias após o assassinato. Segundo a polícia, Osvaldino teria atuado no transporte dos executores do assalto. Ele teria sido contratado pelos mandantes do crime. Ele negou envolvimento, mas as provas, segundo a delegada Luiza Maia, são robustas.
Gean Osvaldino atuou como transportador dos criminosos
Reportagem: Elden Carlos
Imagens: Divulgação
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