Polícia

PF apreende R$ 36 mil em casa de servidora pública investigada na Operação Minamata

Servidora pública teria recebido dinheiro como pagamento de vantagem no esquema criminoso.


A Polícia Federal (PF), no Amapá, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), apreendeu durante diligência nessa quarta-feira (28) cerca de R$ 36 mil em uma residência no bairro Santa Rita, em Macapá.

 

De acordo com nota divulgada nesta quinta-feira (1) pela PF, as investigações revelaram que o montante apreendido corresponde ao recebimento de vantagens indevidas por funcionário público envolvido no esquema criminoso apurado no curso da Operação Minamata.

 

A proprietária do imóvel alvo da diligência – que não teve o nome revelado – e que mantinha o valor sob guarda, foi intimada a comparecer na sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

 

Minamata
A operação, iniciada em 2016, conta com a colaboração do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, IBAMA, Departamento Nacional de Produção Mineral, da Defensoria Pública da União e da Polícia Rodoviária Federal. A atuação conjunta dos órgãos tem por objetivo reprimir a ação criminosa de grupos contra o meio ambiente, impedindo que trabalhadores da região sejam explorados em condições subumanas.

 

Objetivo
O objetivo de desarticular organização criminosa formada por empresários, políticos e agentes públicos responsáveis pela exploração depredatória de ouro e outros recursos naturais utilizando-se de mão de obra submetida a condições de trabalho análogas à de escravo. Dentre as empresas investigadas, estão Distribuidoras de títulos e valores Mobiliários que atuam como intermediárias nos mercados financeiro e de capitais em todo país.

 

Os investigados responderão pelos crimes de redução à condição análoga a de escravo, corrupção passiva, prevaricação, usurpação de matéria prima da União, extração ilegal de substâncias minerais, lavra ou extração não autorizada, uso ilícito de mercúrio, crime contra a fauna aquática, posse de artefato explosivo, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

O nome da operação é uma referência ao envenenamento de centenas de pessoas por mercúrio ocorrido na cidade de Minamata, no Japão, nas décadas de cinquenta e sessenta.

 

Reportagem: Elden Carlos
Fotos: Divulgação/PF


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