Polícia

PF deflagra Operação Epílogo no Amapá

Alvo foi um garimpo ilegal no município de Tartarugalzinho.


A Polícia Federal (PF), no Amapá, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã desta sexta-feira (27) a ‘Operação Epílogo’, que é um desdobramento da Operação Estrada Real, a qual desarticulou um garimpo ilegal no município de Tartarugalzinho, às margens da BR 156, conhecido como ‘Garimpo da Fofoca’.

 

Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência da PF no Amapá, a ação desta sexta-feira deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão na área e destruição com utilização de explosivos de qualquer maquinário encontrado para extração de ouro. Cerca de 15 policiais federais, além de policiais treinados pelo do Grupo Especializado de Bomba e Explosivos da Polícia Federal, participaram da operação.

 

Em setembro do ano passado, a área foi objeto de ação da própria Polícia Federal, que fechou o garimpo e prendeu o superficiário do local e outras sete pessoas que estavam lavrando ouro de forma ilegal. Meses depois do fechamento do garimpo, novamente os garimpeiros invadiram a área e continuaram a atividade ilícita.

 

Naquela ocasião, os peritos da Polícia Federal constataram que a degradação ambiental chegou a 68 hectares, gerando uma supressão e impedimento de regeneração da vegetação e alteração irreversível do relevo natural e da paisagem, além de risco de contaminação da água, solo e trabalhadores pela utilização do mercúrio.

 


A utilização de explosivos foi oriunda de uma decisão judicial da 4º Vara Federal, tendo em vista que os garimpeiros que retornaram à área estavam desenvolvendo a garimpagem do tipo subterrânea, o que exige maior trabalho e riscos aos trabalhadores, que a desenvolvem de forma precária e intensa.

 

A investigação acerca dos beneficiados pelo garimpo ilegal no âmbito da operação Estrada Real continua sob segredo de justiça, e os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de usurpação de bem da União, extração ilegal de minério, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem chegar a mais de 20 anos de reclusão.


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