Polícia

Polícia investiga se mulher assassinada no Pacoval teve morte decretada de dentro do Iapen

Keila Tatiana, de 29 anos, foi morta com um tiro na cabeça. Inicialmente a polícia acreditava se tratar de uma tentativa de assalto, mas os rumos da investigação apontam para outra linha


A ex-servente escolar Keila Tatiane Chaves, de 29 anos, assassinada com um tiro na cabeça na tarde da última terça-feira (14) na Avenida Ceará, bairro Pacoval, zona norte de Macapá, pode ter tido a morte encomendada de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

 

É o que apura a investigação presidida pelo delegado Ronaldo Coelho, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe). O delegado declarou na manhã desta sexta-feira (17) que o curso das investigações aponta que não houve uma tentativa de assalto, como chegou a ser dito inicialmente, e que Keila, supostamente, teria participado de uma ação contra um membro de uma facção, mas cujos detalhes não foram revelados ainda.

 

A Polícia Civil recebeu um áudio, gravado em rede social, logo após a confirmação da morte de Keila. Nesse áudio um suposto preso do Iapen decreta a morte da mulher, dizendo que ela “…tava no meio do barato do ‘irmão’, lá”.

 


“Estamos investigando a origem desse áudio. A primeira versão de que a vítima teria sido morta em uma suposta tentativa de assalto está praticamente descartada. Estamos em uma investigação profunda que aponta outros caminhos, mas cujos detalhes ainda não podemos revelar para não prejudicar o levantamento de informações. Nessa gravação o narrador diz que a mulher deve ser morta, e que caso isso não ocorra, ‘a dívida será cobrada’. A mulher, nesse caso, seria a Keila”, diz o delegado.

 

“Fala meu mano. Escuta ai, mano! Vocês que vão na captura dessa senhora ai pra matar, é pra matar, não é pra brincar não, tá ligado? Se deixar ela viva eu garanto que vai ter cobrança, ta ligado, mano? Então é pra matar. A ordem é essa, pra executar, tá ligado? Ela tava no meio do barato do irmão lá, então, seguinte, pegou matou!”, ordena o suposto presidiário.

 

Ouça o áudio com a suposta ordem de execução

 

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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