Polícia

Suspeita de envolvimento na morte de mototaxista é julgada em Macapá

Defesa afirma que ré, de 22 anos de idade, não estava na cena do crime na noite em que o mototaxista foi executado pelo irmão dela.


A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá julga nesta sexta-feira (9) a ré Lorrane dos Santos Monteiro, de 22 anos, que foi denunciada pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP) em fevereiro de 2017 por envolvimento no assassinato do mototaxista Wanderson dos Santos Silveira, de 27 anos, executado com três tiros na noite de 26 de novembro de 2015 durante uma emboscada na arena do bairro Jardim Felicidade I, zona norte de Macapá.

 

O autor dos disparos foi identificado como Luan Santos Monteiro, de 22 anos, o ‘Luanzinho’ que acabou morto no dia 17 de janeiro de 2016 durante um confronto com policiais do Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM) no bairro Araxá. Luanzinho era irmão de Lorrane.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público, Lorrane teria dado apoio moral e logístico ao irmão, inclusive, repassando a ele a arma usada no assassinato do mototaxista.

 

A defesa da ré, realizada pelo advogado criminalista Helder Carneiro, alega categoricamente que ela sequer estava no local do crime na noite em que Wanderson foi e executado, apontando o local onde ela estaria reunida com outras pessoas naquele horário.

 

A defesa também alega que as características físicas descritas pelas testemunhas na noite do crime, não são compatíveis com o biótipo da ré. A defesa, ao final, sustenta a tese de inocência da ré. O julgamento seguia em andamento até a publicação desta matéria.

 

Entenda o caso
O mototaxista Wanderson dos Santos da Silveira, de 27 anos, foi executado com dois tiros na cabeça na noite de quinta-feira, 26 de novembro, durante emboscada próximo à arena do bairro Jardim Felicidade I, zona norte de Macapá.

 

De acordo com o Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes), a vítima havia recebido uma ligação de uma mulher marcando um encontro com ele no local. Ao chegar à arena o mototaxista continuou falando ao telefone com a mulher que estaria escondida ali próximo, na companhia de uma segunda mulher.

 

Um homem, que estava sentado na arquibancada, vestido socialmente, desceu as escadarias, caminhou até Wanderson e desferiu pelo menos três tiros na cabeça do homem que morreu na hora. O algoz correu por 200 metros, subiu em uma moto que já o aguardava e fugiu.

 

As mulheres, que teriam armado a ‘casinha’, também correram para dentro de um carro que as aguardava ali próximo. O corpo de Wanderson foi removido para o Departamento Médico Legal (DML) da Polícia Técnico Científica (Politec).

 

O Diário apurou há época que Wanderson Silveira já esteve preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) pelo crime de roubo (Art. 157) combinado com o Art. 29 (Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade).

 

Confira o Vídeo

 

Reportagem: Rodrigo Silva
Imagens: Joelson Palheta


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