Polícia

Tjap concede liberdade a policiais militares acusados matar bandido durante intervenção

Vítima, que tinha extensão ficha policial, foi morta com um tiro por um dos quatro policiais ao reagir, armado, a uma abordagem no dia 22 de março deste ano no bairro Congós.


Os quatro policiais militares que participaram da abordagem que culminou com a morte de Willian Natividade da Silva, de 28 anos, na noite de 22 de março deste ano em uma área de ponte localizada na extensão da rua Carlos Drumond de Andrade, bairro Congós, zona sul de Macapá, foram colocados em liberdade na noite dessa quinta-feira.

 

Os policiais Edson Guedes da Silva, Adrielson Maia dos santos, Luiz Carlos Santos Amaral e Sebastião Santos das Mercês Filho atendiam a uma ocorrência e Willian tentou surpreender Adrielson usando uma espingarda, não lhe restando alternativa a não ser atirar contra o agressor, que era ex-presidiário.

 


O advogado Charles Bordalo, responsável pela defesa dos militares, explicou na manhã desta sexta-feira (25) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que a soltura dos seus clientes foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap).

 

“Logo que tomaram conhecimento da expedição do mandado de prisão, os quatro policiais peticionaram ao juiz informando que eles estavam à disposição e em seguida foram apresentados ao comando do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) e levados à Promotoria de Justiça, onde forma ouvidos e tiveram oportunidade de explicar sobre o vídeo, usado pelo MP (Ministério Público) como argumento para o pedido de prisão, que foi exibido e que inclusive estamos pedindo a sua integralidade, sem cortes, porque aquele foi manipulado. Após, eles foram recolhidos ao Centro de Custódia do Zerão; aí entramos com vários pedidos, que foram negados; apenas o último foi acatado pelo Juiz da Vara do Tribunal do Júri, transferindo os militares para o quartel da PM, onde estavam até a noite dessa quinta-feira”.

 

O advogado explicou que os policiais não vão retornar ao trabalho operacional. “Estávamos esperando o juiz apreciar um pedido da defesa de prisão domiciliar, mas esse pedido, quase que concomitantemente, o Tribunal de Justiça julgou o mérito do HC (habeas corpus) e concedeu a ordem, por maioria, graças a Deus. Foi uma decisão acertada do Tribunal. Agora eles vão responder em liberdade e retornar ao trabalho, mas há determinação que eles deverão trabalhar na área administrativa. Mas se não fosse essa determinação, nós entraríamos com pedido para evitar maldade; há pessoas maravilhosas e outras que só querem fazer o mal, e poderiam usar artifícios, como acusá-los de ameaças. Na verdade eles foram e estão sendo injustiçados com essa ação penal, porque receberam ordem de ir ao local a chamado da população; a vítima praticava toda sorte de crime e na noite anterior ao fato ele estava utilizando arma na ponte, e quando foi alvejado estava aportando uma espingarda de grosso calibre com o cano cortado contra o policial”.

 

 


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