Polícia

Vendedor de camarão diz ter sido preso injustamente

Otoniel foi preso acusado pelos policiais de receptar produtos furtados e de traficar drogas


O vendedor de camarão Otoniel Gomes da Silva, de 49 anos, procurou o DA nesta sexta-feira, 26, para se defender das acusações da Polícia Militar (PM) que o prendeu na noite de quarta-feira, 24, no bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, sob suspeita de receptação de produtos furtados e tráfico de drogas.

De acordo com a polícia, e com base no Boletim de Ocorrência (B.O) nº R-847/2016, Otoniel teria receptado vários produtos furtados de uma residência. Ainda de acordo com a polícia, a esposa dele, Maria Fernandes, de 29 anos, teria envolvimento no suposto crime.

“O que houve na verdade foi uma total falta de apuração por parte da polícia no caso. Eu e minha esposa estávamos em casa quando os policiais chegaram entrando sem tocar a campainha e arrombando a porta. Eles reviraram todo o imóvel, pegaram uma quantia em dinheiro que é da minha venda de camarão, e, não satisfeitos, acionaram o Bope que chegou com cães farejadores. Eu não sei de onde eles apareceram com uma suposta droga. Nunca precisei roubar e nem traficar. Foi uma humilhação que fizeram comigo e minha esposa”, disse Otoniel.

Ele revelou que o motivo da polícia (Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado – BRPM) ter ido até a casa dele foi uma denúncia anônima.

“Ocorre o seguinte. Tenho uma sobrinha que é usuária de drogas, isso não escondo. Ela me procurou dizendo que havia se separado do esposo, e que precisava guardar algumas coisas dela aqui em casa. Minha esposa até se insurgiu dizendo que não era pra eu deixar, mas como é minha parente acabei deixando. Mas nem sabia o que tinha nas caixas. Se soubesse que era algo ilícito jamais aceitaria. Eu fui acusado injustamente de receptação e tráfico. O delegado que atendeu a ocorrência foi muito atencioso e logo percebeu o erro da PM. Por isso fui liberado”, revelou.

Otoniel disse que vai levar o caso à Corregedoria da Polícia Militar e pedir reparação de danos pela ação desastrosa dos policiais. “Jogaram meu nome na lama. Moro há 30 anos aqui e nunca fui preso por qualquer coisa errada. Infelizmente hoje aconteceu isso comigo”, concluiu.


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