Política Nacional

Demos um respiro aos estados, diz Temer sobre renegociação da dívida

Governo suspendeu o pagamento das parcelas mensais até fim de 2016.


O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), afirmou na manhã desta segunda-feira (4), em São Paulo, que a suspensão do pagamento das parcelas mensais de dívidas estaduais com a União até o fim de 2016 não signfica que a União “abriu mão dos recursos”, mas apenas adiou o recebimento.

Após receber uma carta de apoio assinada por 46 entidades do setor agrícola, Temer detalhou aos empresários presentes o que considera feitos de seu governo em pouco menos de dois meses. Entre as ações citadas está a renegociação.

No último dia 20, além da suspensão, o governo federal anunciou que concordou em alongar as dívidas estaduais com a União por mais 20 anos. Assim, o governo deixará de receber até 2018 cerca de R$ 50 bilhões.

“Nós resolvemos uma pendência que já estava rodando há mais de três anos que era a questão da renegociação de dívidas dos Estados. Os senhores sabem que os estados estão em grande dificuldade”, disse sobre a reunião feita com os 27 governadores.

“Os estados terão uma redução no seu débito neste ano e a partir do ano que vem começam a pagar a partir de janeiro apenas 5% e assim crescentemente ao longo de 18 meses”, afirmou Temer. “Com isso, nós demos digamos assim, entre aspas, um respiro fundamental para os estados brasileiros”, completou.

O presidente em exercício participou da abertura do Global Agribusiness Forum 2016, um seminário internacional de agronegócio em um hotel Hyatt, na Zona Sul de São Paulo. Essa foi a primeira visita oficial de Temer ao estado. Ele afirmou que deve viajar mais a partir de agosto, considerando que o Senado aprovará o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), que será votado em agosto.

“Logo depois de agosto eu mesmo pretendo viajar para vários países para incentivar o investimento estrangeiro no Brasil em parceria com agronegócio, indústria e comércio.

Devo até registrar que muitos investidores estrangeiros ainda estão esperando um mês, um mês e meio para investir no país com muita força. O que precisamos no país é reestabelecer a confiança”, afirmou.


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