Política Nacional

Ministros e secretários deixam cargos para votar sobre impeachment

Trocas envolvem parlamentares pró e contra o afastamento de Dilma.


Deputados têm deixado o comando de ministérios e secretarias estaduais para reassumir seus mandatos na Câmara e participar da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, prevista para ocorrer no domingo (17).

Segundo levantamento feito pelo G1, ao menos 23 parlamentares de 8 estados voltaram ou pretendem voltar à Câmara, ainda que temporariamente, nos próximos dias.

As trocas vão levar para a Câmara ao menos 15 parlamentares favoráveis ao impeachment e 8 contrários. Dos 23, 4 pertencem ao PT, 4 ao PMDB, 4 ao PSD, 4 ao PSDB e 2 ao PSB. Os demais são do PPS, PTB, DEM, PR e PSC.

No caso dos 15 que entram a favor do impeachment, saem 9 que declararam voto a favor, um contra e 5 indefinidos ou que não declararam voto.

No caso dos 8 que entram contra o impeachment, saem 4 que declararam voto contra, um a favor e 3 que estão indefinidos ou que não declararam voto.

Entre os ministros de Dilma, ao menos quatro devem deixar os cargos para votar contra o impeachment. Três são deputados pelo PMDB: Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Mauro Lopes (Aviação Civil). A informação foi confirmada por Pansera. Patrus Ananias (PT), ministro de Desenvolvimento Agrário, deve confirmar a decisão oficialmente no fim de semana.

Em São Paulo, o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro (PSDB), confirmou que será exonerado pelo governador Geraldo Alckmin. Segundo ele, também devem ser exonerados os secretários Samuel Moreira (PSDB), da Casa Civil; Arnaldo Jardim (PPS), da Agricultura e Rodrigo Garcia (DEM), da Habitação. Todos votarão pelo impeachment de Dilma.

O ex-secretário de Transportes e logística Antonio Duarte Nogueira (PSDB) também deixou o governo Alckmin dias antes. Em seu Facebook, escreveu: “Amigos, reassumirei meu mandato de deputado federal a partir da semana que vem para participar de um momento de extrema relevância, quando a Câmara dos Deputados irá votar o impeachment da presidente Dilma”. Os suplentes também votariam a favor do impeachment: Mendes Thame (PV), Lobbe Neto (PSDB), Marcelo Aguiar (DEM) e Roberto Freire (PPS).
No Rio de Janeiro, a assessoria do deputado Arolde de Oliveira (PSC), secretário de Trabalho e Renda, confirmou que ele tomou posse para votar a favor do impeachment. Sergio Zveiter (PMDB), da Habitação, afirmou que vai votar a favor do impeachment e já comprou passagem para Brasília. “Vou votar a favor do impeachment por decisão minha, por achar que há crime de responsabilidade, e também pela orientação do PMDB”, afirmou ao G1.


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