Política

“A decisão de recuar não foi minha”, diz ex-candidata ao Governo do Amapá pelo PSB

Piedade Videira reclama da condução que João Capiberibe deu ao projeto de disputar o cargo de governadora e que foi tragada pela prioridade da eleição dele a senador.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

A professora e pesquisadora Piedade Videira, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), disse em entrevista nesta terça-feira (28) ao programa LuizMeloEntrevista, da rádio Diário FM (90,9) que a decisão de retirar sua pré-candidatura ao Governo do Amapá não foi sua, unilateralmente, mas uma construção do próprio Partido Socialista Brasileiro (PSB), cujo diretório regional não estaria viabilizando o apoio necessário.

 

Ela explicou que muito embora o convite para que seu projeto de governar o estado fosse viabilizado pelo PSB, ela não contava com o respectivo apoio à pré-campanha. “Eu não sou mulher de desistir. Estou determinada e se tiver a oportunidade de governar o Amapá, o farei, não sou de recuar de qualquer enfrentamento que seja, é uma decisão por cima, da cúpula do partido, e não restou outra alternativa a não ser aceitar, pois o partido priorizou a candidatura ao Senado”, ponderou.

 

Piedade também deu a entender ter sentido a sensação de ter sido preterida por um projeto fisiológico do partido, devido a uma tentativa de achincalhamento, sua diminuição moral, ética, retidão de caráter, valores que lhe são muito importantes. Ela destacou sua origem humilde, forjada nos movimentos sociais como de combate ao racismo, “Eu trago a biografia, a história de vida, os valores morais, valores sociais e os anseios de fazer mais e melhor pela população, então pessoas com esse nosso perfil agregam muito aos partidos políticos, ajudando na oxigenação, na renovação interna das agremiações, algo que é tão sonhado e tão propagado por eles”, criticou.

 

O ponto nevrálgico da manifestação do PSB em uma nota pública, ensejou a maior reação de Piedade, que ganhou adesão de inúmeros movimentos sociais, de mulheres, culturais e combate a intolerância. “O problema não é exclusivo do PSB, de pregar a maior participação das mulheres, dos negros, enfim, as comunidades da diversidade, as relações de poder, de domínio, do colonialismo, do machismo, do patriarcado, do sexismo e do racismo perduram, então parece que nós só servimos para ser massa de manobra e eu não me coloco nessa condição”, declarou.

 

Por fim, ela ratificou o propósito de continuar na militância política e que o sonho de participar de uma eleição majoritária ao Executivo. Mas para esse ano deverá concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa, pelo próprio PSB.


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