Política

Advogado acusa MP de perseguição política aos presos da Operação Eclésia

Maurício Pereira condena inspeção feita na Casa de Custódia, na Noite de Natal, e o mesmo trabalho não ter sido feito na penitenciária.


Até então afeito às normas jurídicas que levaram o deputado Moisés Souza (PSC), o ex deputado Edinho Duarte (PP) e o ex secretário de finanças da Assembleia Legislativa do Amapá, Edmundo Tork, para o xadrez, em processo oriundo da Operação Eclésia, o advogado Maurício Pereira, em tom indignado bradou na manhã desta segunda-feira, 26, que os condenados estão sendo alvos de perseguição política do Ministério Público, por meio da promotora de justiça Andréa Guedes.

Maurício fez o desabafo na Rádio Diário FM (90,9), programa Luiz Melo Entrevista, para onde ligou com o objetivo de revelar que na Noite de Natal a promotora de justiça fez inspeção no Centro de Custódia do Zerão para verificar se os condenados teriam como ceia peru e outros tradicionais alimentos da época.

O advogado disse que agentes prisionais do Centro de Custódia informaram aos familiares de Moisés, Edmundo e Edinho que a comida para o Natal poderia ser só frango, não peru, por determinação do Ministério Público, que logo faria inspeção no local.

Maurício Pereira bradou: “Não existe nenhuma lei que proíba o preso de comer com dignidade, de comer um pedaço de peru no Natal. Ele perdeu a liberdade de ir e vir, não perdeu a dignidade de comer”.

O advogado prosseguiu: “Isso significa perseguição política que atingiu não só os três, mas se estendeu aos demais apenados, que antes receiam familiares e comiam uma coisa diferente. A medida criou até animosidade deles com o deputado Moisés, Edinho e Edmundo Tork”.

Para o advogado, o Ministério Público, como fiscal da lei, deveria na Noite de Natal ir não apenas à Casa de Custódia, mas também na penitenciária, a que chamou de cadeião. “Lá na cadeião se come mal, não tem colchão pra dormir nem remédio. Era isso que  a promotora de justiça Andréa Guedes deveria ver. O Ministério Público está tratando esse fato como uma rivalidade política”, concluiu o causídico.


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