Política

Antonio Feijão diz que reflexos de tragédias em barragens no país prejudicam a mineração no Amapá

Geólogo e advogado especialista no setor mineral diz acreditar que desfecho das investigações do MPF para apurar causas do desabamento do Porto da Anglo/Zamin em Santana pode trazer “surpresas agradáveis” para o estado.


Entrevistado por telefone ao vivo pela bancada do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) na manhã desta sexta-feira (22), o geólogo e advogado especialista no setor mineral Antônio da Justa Feijão afirmou que os reflexos de tragédias em barragens no país prejudicam a mineração no Amapá.

Apesar de demonstrar pessimismo no que diz respeito à retomada imediata da mineração, cuja paralisação tem afetado de forma contundente a economia do estado, Feijão disse acreditar que o desfecho das investigações do Ministério Público Federal (MPF) para apurar as causas do desamento do Porto da Anglo/Zamin, em Santana pode trazer “surpresas agradáveis” para o estado.

“É preciso que se faça uma reflexão, porque enquanto não se avaliar a negligência da Mineradora Vale do Rio Doce, que adota medidas para baratear rejeitos, tira minério e deixa uma bomba de efeitos morais, materiais e sociais muito grandes; mas enquanto isso a ‘porta do cinema’ (referindo-se à atividade mineral) está fechada, não vai ter sessões nos próximos meses, destacando que trabalhar na mineração de ouro o produto pode ser retirado até mesmo utilizando avião, mas para outros minérios, como ferro, manganês e cromo, por exemplo, precisamos de infraestrutura, transporte ferroviário e rodoviário, energia e principalmente serviços logísticos, de navios de grande alcance, mas infelizmente nós estamos órfãos de ferrovia e portos”, analisou.


Deixe seu comentário


Publicidade