Política

Após encerramento precoce, ano letivo é retomado no município de Santana

Convidada pela Câmara de Vereadores, secretária municipal de Educação deverá dar explicações sobre encerramento das aulas antes da data prevista no calendário escolar.


Após críticas e fortes reações de vários setores, inclusive, de pais e alunos da rede municipal de ensino por causa do encerramento precoce do ano letivo de 2018, em Santana, o prefeito do segundo maior município do estado, Ofirney Sadala, determinou a imediata retomada das aulas, alegando não ter sido consultado sobre a medida.

Ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), a presidente da Câmara de Vereadores de Santana, professora Helena Lima, afirmou que a retomada das aulas não encerra as discussão sobre a medida porque, segundo ela, causou “sérios danos à educação do município, inclusive, no que diz respeito ao aprendizado dos alunos”, por isso anunciou convite à secretária municipal de Educação, Carmem Queiroz, para dar explicações à Câmara nesta quarta-feira (9).

“Fizemos oficialmente o convite para que a secretária compareça à Câmara, às 10h, para dar explicações sobre os motivos que levaram ao encerramento do ano letivo antes do previsto; esclareço que inicialmente optamos pelo convite porque a Câmara está em recesso, mas se ela não comparecer será convocada, e em caso de ausência faremos uma sessão extraordinária, e se ela não comparecer, a Câmara tem prerrogativa para afastá-la do cargo”, alertou a presidente.

Para a vereadora, a retomada das aulas, por determinação do prefeito Ofirney Sadala, não encerra as discussões, porque no entendimento dela o encerramento precoce do ano letivo causou sérios prejuízos ao processo de aprendizagem dos alunos.

“Nunca aconteceu na história do município o encerramento do ano letivo no 3º bimestre, antes de cumprir a carga horária prevista na Lei de Diretrizes Básicas (LDB), que prevê duzentos dias letivos. Essa medida causou graves prejuízos e a secretária terá que dar explicações; inclusive, conversamos com o prefeito e ele assegurou que não tinha conhecimento dessa decisão e determinou o restabelecimento das aulas, que ocorreu ontem [segunda], mas o prejuízo é muito grande, tanto que estive em algumas escolas e constatei a presença de um número muito pequeno de alunos, cerca de cinco, seis em cada sala de aula; é um prejuízo imensurável, incalculável”, reclamou.


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