Auditoria vai investigar escândalo mais recente na Assembleia Legislativa
A auditoria vai investigar a emissão de 31 cheques ocorrida na sexta-feira (4/11) depois do expediente. Estes cheques, que somavam R$321 mil não foram sacados em razão da operação deflagrada na segunda-feira pelo Ministério Público do Amapá
Uma auditoria vai investigar o mais novo escândalo que atinge a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). Trata-se da Operação Rescisória, desencadeada na manhã de segunda-feira (7/11) em um dos anexos da instituição. O anúncio da auditoria foi feito nesta terça-feira (8/11) em coletiva de imprensa feita pelos deputados Paulo Lemos (Psol), Roseli Matos (PP), Pedro DaLua (PSC) e Edna Auzier (PSD).
A auditoria vai investigar a emissão de 31 cheques ocorrida na sexta-feira (4/11) depois do expediente. Estes cheques, que somavam R$321 mil não foram sacados em razão da operação deflagrada na segunda-feira pelo Ministério Público do Amapá, através da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Público (Prodemap), em conju nto com o Núcleo de Inteligência da Promotoria, e com apoio da Polícia Civil. Os valores seriam de indenizações trabalhistas, mas existe a suspeita do envolvimento de deputados recebendo parte do que seria pago.
“A Assembleia tem um órgão interno, auditor nomeado e equipe técnica para fazer esse serviço, o que não se pode aceitar é que a Assembleia se torne quase que diariamente alvo de escândalos”, disse Paulo Lemos. Além dos cheques sustados, a polícia e o Ministério Público levaram documentos e equipamentos do anexo da Assembleia. O presidente da Casa, deputado Jaci Amanajás (PV), preferiu não se manifestar.
Denúncias levaram o Ministério Público a pedir que os 31 cheques emitidos no final do dia 4 fossem sustados. Existe uma investigação para saber se deputados estariam se beneficiando com parte dos valores pagos nas indenizações trabalhistas. Ocupantes de cargos comissionados ainda não teriam recebido o salário do mês de outubro.
A equipe de auditoria deverá ser acompanhada pelos deputados Pedro Dalua, Paulo Lemos, Roseli Matos, Edna Auzier, Fabrício Furlan e Doutor Furlan.
A Assembleia já cuida de um pedido anterior do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AP) sobre verbas indenizatórias pagas e direitos trabalhistas de servidores, que chegariam a R$13 milhões.
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