Política

Camilo Capiberibe diz que candidatura de Davi ao Senado é bom para o Amapá, mas prejudicial para o país

Recém-eleito deputado, Camilo afirma que candidatura de Renan Calheiros é opção mais benéfica para se contrapor a pautas negativas do governo Bolsonaro, mas admite que o PSB poderá apoiar outra candidatura.


Em entrevista ao programa Togas&Becas (Diário FM 90,9), Camilo Capiberibe (PSB) disse que a candidatura de Davi Alcolumbre (DEM) ao Senado é bom para o Amapá, mas prejudicial para o país.

Pra Camilo, a candidatura de Alcolumbre é apoiada pelo atual governo e, nesse caso, a melhor opção é Renan Calheiros (MDB), até agora favorito, para se contrapor a pautas negativas do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Perguntado se votaria em Davi, Camilo disse que não cabe a ele responder, mas sim aos senadores Lucas Barreto (PTB) e Randolfe Rodrigues (REDE).

O deputado ponderou, no entanto, que apesar de sua preferência por Renan em detrimento de Davi, o PSB está fazendo articulações com outros partidos de esquerda para o lançamento de uma candidatura alternativa com reais chances de vitória.

“Eu acho que seria muito bom para o Amapá termos Davi na presidência do Senado, por ter um poder muito grande e o Executivo depende muito da agenda que é conduzida pelos presidentes da Câmara e do Senado, tanto que vimos como Eduardo Cunha foi devastador para a Dilma; mas por outro lado a candidatura do Davi tem o apoio do Bolsonaro, que tem uma agenda contrária aos interesses de importantes segmentos da sociedade”, justificou.

“Aprendizado”

Sobre sua futura atuação no parlamento, Camilo disse que vive e ainda vai viver uma fase de “aprendizado”, destacando que, apesar da sua experiência no legislativo estadual, os procedimentos na Câmara são totalmente diferentes. “Tenho experiência legislativa na Assembleia, que é diferente da Câmara, cujos meandros tive oportunidade de conhecer, como deputado estadual e durante os 17 anos que minha mãe (Janete) passou na Câmara; lá tem um peso diferente, o desafio é novo e por isso tem que chegar com humildade e aprender com quem é mais experiente, principalmente nas questões regimentais; é preciso estudar e aprender, mas chego com muita vontade para fazer a diferença”.

Ele destacou, ainda, as articulações do PSB junto a outros partidos, não apenas de esquerda, pra viabilizar uma candidatura alternativa competitiva à presidência do Senado. “As eleições na Câmara e no Senado passam por articulações para a ocupação de espaços nas comissões mais importantes das Casas, como as de Constituição e Justiça, de Finanças e de Educação”, explicou. Perguntado se confirma apoio anteriormente anunciado à reeleição de Rodrigo Maia (DEM), Camilo respondeu que o PSB está articulando outra candidatura alternativa porque Maia mudou de posição ao longo do processo.

“Inicialmente o Rodrigo Maia excluiu o PT e o PSL da base de apoio e a gente se sentiu confortável, e nos mantivemos neutros, nem de um lado e nem de outro. Ocorre que em 2 de janeiro ele fez um acordo e trouxe o PSL pra dentro do bloco, aí ficou mais difícil. Queremos viabilizar propostas, mas não somos governo; com isso ele praticamente expulsou o PSB e outros partidos, como o PCdoB e o PDT; agora na quinta-feira teve uma reunião da bancada que decidiu formar um novo bloco, que não é de oposição; são partidos que devem apoiar Bolsonaro, mas não são alinhados integralmente com o governo; esse bloco, como acontece com outros, está em formação, não tem nada definido, mas PSB está oferecendo alternativo para o Rodrigo Maia; uma candidatura viável que, no mínimo, vai tornar a eleição mais difícil, o que nos leva a crer que vai levar a eleição para o 2º turno”, avaliou.


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