Política

Carlos Tork diz que vai levar modelo de gestão do TRE para o Tjap

Presidente eleito do Tribunal de Justiça promete contratar aprovados no último concurso público


Entrevistado no início da noite desta quinta-feira (23) no programa CaféComNotícia (DiárioFM 90.9), ancorado pela jornalista e radialista Ana Girlene, o presidente eleito do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), desembargador Carlos Tork – que deixa a presidência da Justiça Eleitoral – afirmou que vai levar a experiência de gestão para o Tjap. Ele também prometeu contratar aprovados no último concurso público, mas condicionou a convocação à abertura de vagas. O presidente eleito toma posse no dia 3 de março, após ser eleito por aclamação nesta quinta-feira pelo Pleno do Tribunal.

“O modelo de gestão que adotamos no Tribunal Regional Eleitoral, pelos excelentes resultados alcançados, será levado por nós para o Tribunal de Justiça, pelo qual conseguimos suprir todas as necessidades técnicas, incluindo pessoal e investimentos na área física. Além da convocação de aprovados no concurso, nós tínhamos 14% dos nossos servidores cedidos para outros órgãos, inclusive de outros estados, mas recuperamos esses servidores e o TRE hoje possui uma equipe completa e coesa, e que foi responsável por colocar a nossa Justiça Eleitoral como a primeira do país no alcance de metas”, relatou, para em seguida acrescentar:

– No Tjap vamos adotar os mesmos critérios, com o chamamento de servidores cedidos para outros órgãos e convocação dos aprovados no último concurso de acordo com o surgimento de vagas, tudo em consonância com o diagnóstico dessa necessidade.

Questionado sobre a eleição que o guindou à presidência do Tjap, em sessão extraordinária convocada pela atual presidente, Sueli Pini, em decorrência da anulação da nomeação de Stella Ramos por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Tork demonstrou constrangimento, mas explicou que a providência teria que ser tomada porque a transição na direção do Tribunal já estava confirmada para o dia 03 de março:

– Foi um caso emergencial e, claro, revestido de muita tristeza, muito desagradável, considerando que toda a Corte estava na expectativa da desembargadora Stella Ramos assumir a presidência; entretanto, a instituição precisava dar resposta imediata e convocar reunião a reunião extraordinária; foi um fato atípico, lamentável, mas teria que ocorrer. Por outro lado, fiquei muito feliz, porque com apenas três anos de desembargo cheguei ao posto de presidente da Justiça Eleitoral e agora assumirei o comando do Tribunal de Justiça, principalmente com a escolha sendo feita por aclamação, graças à renúncia do direito de concorrer ao cargo, por parte dos desembargadores Manoel Brito e Cézar; foi processo foi muito traumático a todos, e aproveito a oportunidade para manifestar a mnha solidariedade e carinho à desembargadora Stella Ramos, que é muito querida por toda a Corte.

Mudança de última hora
A presidente do Tribunal de Justiça, Sueli Pini, convocou reunião extraordinária do Pleno Administrativo para escolher seu substituto no Tjap por causa da cassação da liminar que mantinha Stella Ramos como desembargadora, após sua escolha ter sido anulada por força de Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A liminar foi cassada pela própria ministra que a deferiu, na condição de presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.

De acordo com Rosa Weber, a escolha de Stella Ramos para assumir o cargo de desembargadora violou Resoluções do CNJ, ao adotar dois critérios não previstos pelo CNJ, ignorando a exigência da antiguidade. O juiz João Guilherme Lajes, por preencher todos os requisitos, é um dos mais cotados para assumir a vaga de Stella, que retorna à justiça de primeiro grau.


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