Política

Chapa encabeçada por garimpeira é favorita para vencer eleição no garimpo de Lourenço

Dalvinha, Edilson e Bebê encabeçam a Chapa 1 que concorre á diretoria da Coogal, a maior cooperativa garimpeira do interior do Amapá


Cleber Barbosa
Da Redação

 

Com um discurso voltado a garantias à saúde, proteção às famílias e maior organização administrativa, uma mulher vem despontando como favorita nas eleições para diretoria da Coogal, a Cooperativa Garimpeira do Lourenço, em Calçoene, distante cerca de 500 quilômetros de Macapá. Garimpeira de segunda geração, mulher de garimpeiro, Dalva Bastos, a Dalvinha, se aliou a outras lideranças locais para formar a Chapa 1.

 

As eleições estão marcadas para o próximo domingo, dia 12, reunindo um colégio eleitoral de 770 votantes, todos associados da Coogal e atuantes no mercado. A descoberta de ouro no Lourenço data de 1894 e foi responsável inclusive pela disputa internacional pelo domínio de suas terras, o Contestado de Brasil e França.

 

A cooperativa surgiu em 1995, desde o encerramento das atividades da mineradora Novo Astro. Desde então, com muitas dificuldades e acidentes fatais, os trabalhadores vem atuando na extração quase rudimentar do minério. “E é isso que a nova diretoria está se propondo a fazer, uma administração profissional, organizada e que olhe para o nosso cooperado, sua família e também melhore a produtividade”, diz a candidata.

 

 

Para isso, Dalvinha, que concorre a presidente, Edilson Ferreira e Josevam Araújo, o Bebê, estão propondo investimentos em maquinários e maior autonomia e segurança nas operações. A locação de retroescavadeira para uso coletivo pelos cooperados para melhoria de suas atividades com preço acessível, a busca e renovação de área de pesquisa com intuito de requerer mais áreas para concessão aos cooperados, além da criação de um fundo por meio dos 2% (dois por cento) para atendimento social, são algumas das propostas de trabalho.

 

A chapa também defende a criação de casa de apoio de cooperados, para receber, alojar e encaminhar os cooperados que se deslocam até a capital para tratamento de saúde, como também iniciar bombeamento de imediato na área externa da mina subterrânea para que os garimpeiros possam ter novas frentes de serviço e ainda a reabertura da mina de Salamangone.

 

Outra preocupação é buscar junto ao Exército Brasileiro a aquisição do explosivo para atendimento direto por meio da cooperativa, parcerias, investidores tanto para cooperados como para cooperativa proporcionando novas frentes de serviços e a criação de um convênio com a clínica Tames para atendimentos especializados médicos e laboratorial para a família do cooperado. “Também vamos iniciar renegociação com os bancos interessados em parceria para financiamento em produção e regularização de débitos da cooperativa”, completa Dalvinha.

 


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