Política

Comissão da Alap questiona DNIT sobre demora na pavimentação de rodovias no Amapá

A comissão buscou resposta da Infraero sobre a linha área que liga o município de Macapá ao município de Oiapoque.


 

Membros da Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Assembleia Legislativa do Amapá, estiveram reunidos na quinta-feira (11), com o superintendente da Infraero, Clayrton Silva e Gustavo Defilippo, do DNIT, onde discutiram a respeito das rodovias BR – 156 e AP-210, importantes para a integração Franco-Amapaense e potencial rota para o escoamento da produção para as demais regiões do Brasil e exterior,além da efetivação de uma linha aérea para o município de Oiapoque, uma das principais cobranças feitas à comissão.

 

Durante a reunião, que aconteceu no mini-plenário II Rita Ramos, no anexo administrativo deputado Jarbas Gato, os membros da CRE, deputados Jory Oeiras (PP), Delegado Inácio (PDT) e Diogo Sênior (MDB), sob a presidência da deputada Edna Auzier (PSD), questionaram o DNIT sobre a execução da obra de asfaltamento das BRs, principalmente a BR-156 que liga Macapá aos municípios de Oiapoque ao Norte e Laranjal do Jari, ao Sul do Estado.

 

O superintendente Gustavo Defilippo explicou que a malha viária do Amapá é constituída de 1.021 km, porém, menos de 60% não são pavimentados, onde o principal gargalo são os 110 km restantes da BR-156 que dá acesso ao município de Oiapoque.

 

Segundo ele, as obras da região Sul e Norte, estão divididas em quatro lotes, sendo que o Exército Brasileiro, através de um termo de cooperação, já está finalizando o lote 4 no trecho que liga ao município de Laranjal do Jari. “No prazo de três anos devemos concluir esse setor”, garantiu, informando que, para asfaltar toda malha viária do Estado, são necessários cerca de R$ 2 bilhões.

 

Os deputados questionaram o motivo da demora para a conclusão do asfaltamento total da BR-156, considerada a obra mais antiga do Brasil. “Questão administrativa. Infelizmente aconteceu com o Amapá; tem recurso, mas não teve projeto”, respondeu Gustavo Defilippo, informando que a realocação de sete aldeias indígenas, é uma das condições ambientais para que o serviço de pavimentação da BR-156 Norte seja concluído. O projeto que está em estudo, atinge as aldeias: Anawerá, Tukay, Samaúma, Ywawaka, Estrela, Ahumã e Kariá.

 

A região Sul também apresenta alguns problemas que estão sendo sanados pelos engenheiros, que sugeriram, inclusive, construir uma nova rodovia, desviando da cidade de Laranjal do Jari. “A rodovia foi engolida pela cidade, hoje é uma grande avenida Tancredo Neves”, frisou Defilippo, mas se torna inviável pelo alto custo e às condições do solo. A conclusão da ponte sobre o rio Jari também faz parte do cronograma de obras do DNIT no Amapá.

 

A comissão buscou resposta da Infraero sobre a linha área que liga o município de Macapá ao município de Oiapoque.

 

O superintendente da Infraero, Clayrton Silva, explicou que não compete a Infraero gerir sobre a implantação de linhas aéreas. “Hoje temos um voo doméstico, mas é feito por uma empresa fretada pela Petrobras”, explicou ele, destacando que a Infraero é responsável pela parte logística. “O aeroporto internacional de Macapá, inaugurado em 2019 com capacidade para atender 5 milhões de passageiros por ano, ou seja, 490 mil passageiros por mês, está preparado para receber a aviação”, frisou Clayrton.

 

No município de Oiapoque o aeroporto fica na zona rural do município, a cerca de 6 km do centro da cidade que faz divisa entre o Brasil e a Guiana Francesa. O aeródromo passou por uma reforma, adaptações e melhorias exigidas pelos órgãos de fiscalização aeroportuários para poder receber a aeronave do modelo ATR 42- 500 da Omni que está há cerca de 2 meses transportando trabalhadores da Petrobrás, responsáveis por trâmites logísticos e operacionais da estatal para o início da exploração petrolífera na costa amapaense. “Para que possa acontecer voo doméstico para esse município, precisa haver interesse das companhias aéreas e uma grande negociação política”, informou.

 

A deputada Edna Auzier, destacou que há interesse da empresa aérea Azul, mas esbarra na questão de segurança, haja vista que a lixeira pública do município está próxima do aeroporto e o tráfego de aves, principalmente urubus, é grande. “Vamos buscar soluções junto ao município, governo federal e estadual para que, juntos, possamos abrir esse espaço para voos comerciais”, encerrou a parlamentar.

 


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