Política

Crise é intensificada em Laranjal do Jari

A comitiva política de Laranjal do Jari, que esteve no Sistema Diário de Comunicação, foi encabeçada pelo prefeito diplomado Márcio Serrão e o prefeito da Câmara Municipal, vereador Aldo Oliveira.


A sede de Laranjal do Jari começa a tomar o aspecto de uma cidade abandonada por causa da crise político-administrativa neste período de transição em que a prefeita de fato e de direito, Nazilda Fernandes, é impedida de entrar na sede do governo, e o gestor substituto, o presidente da Câmara Municipal, vereador Aldo Oliveira (PSB), não pode trabalhar em razão da prefeitura ter sido fechada por manifestantes.
Segundo relato de uma comissão política que esteve na manhã desta quinta-feira, 22, no Sistema Diário de Comunicação, as ruas de Laranjal do Jari estão tomadas por lixo, uma vez que há duas ou três semanas  coletas não são feitas.
Além do problema do lixo, falta água na cidade e não há segurança. Como a prefeitura não vem funcionando, existem servidores municipais que não recebem salários há seis meses, e tudo o que diz respeito à gestão municipal está parado.
“Vivemos um caos político, numa situação extremamente delicada, por causa de uma pessoa irresponsável”, disse a vereadora Serrão, a respeito da prefeita Nazilda, que também se encontraria em Macapá, à procura de apoio policial para ingressar na Prefeitura Municipal de Laranjal do Jari.
A gestora, impedida de exercer o cargo por servidores e populares do município, ascendeu ao Poder Executivo com a morte de Zeca Madeireiro, do qual era vice. Ele morreu em acidente automobilístico rodoviário quando viajava para Macapá procedente justamente de Laranjal do Jari.
No exercício da prefeitura, Nazilda logo se incompatibilizou com os servidores e a Câmara Municipal, segundo os manifestantes, por não cumprimento de acordos e compromissos pactuados. As relações entre as partes ficaram insustentáveis até desembocar na cassação da mandatária em sessão dos vereadores.
O presidente da Câmara, Aldo Oliveira, assumiu a prefeitura, mas não teve tempo de esquentar o assento do gestor, porque Nazilda Fernandes ganhou liminar na Justiça, para reassumir o cargo. Foi quando os servidores pararam de trabalhar e passaram a se manifestar em frente à prefeitura, inclusive fechando o prédio.
“Não é mais comando de greve; já é uma manifestação popular porque os moradores de Laranjal do Jari aderiram ao movimento”, proclamou outro membro da comissão que esteve no Sistema Diário. Enquanto isso, a prefeita e seguidores dela afirmam que tudo é politicagem dos servidores junto com os vereadores.


Deixe seu comentário


Publicidade