Política

Dois deputados federal e estadual eleitos podem perder mandatos

Ex-presidente do PSC denuncia falsificação da assinatura dele em procuração para regularizar situação do partido junto ao TRE/AP.


O ex-deputado federal e ex-presidente do PSC no Amapá, Valdenor Guedes, revelou nesta segunda-feira (05) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que tramitam na Justiça Federal e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AP) ações em que são apuradas falsificação de sua assinatura em uma procuração que tem como outorgado um advogado. O documento foi utilizado para fazer a prestação de contas, a sua substituição como presidente regional e a convenção da sigla para a escolha dos candidatos às eleições deste ano.

 

Conforme Valdenor Guedes explicou, se a Justiça Federal e o TRE/AP acatarem a denúncia da fraude, que já foi constatada através de exames grafotécnicos, o deputado federal André Abdon (PP) e o deputado estadual Zezinho Tupinambá (PSC) perderão seus mandatos.

 

“Relator do processo, o juiz federal Hilton Gonçalo Pires emitiu em agosto um despacho para que o advogado beneficiado pela procuração apresente a documentação original (procuração) sob pena de tornar inválidos todos os documentos protocolados pelo partido. É importante esclarecer que, assim como ocorreu com outros partidos, o PSC tinha uma pendência na prestação de contas desde 2015, e sem prestação de contas não poderia apresentar a nova diretoria e nem disputar eleição; para apresentar a prestação de contas, incluir a nova diretoria no sistema (da Justiça Eleitora) e disputar as eleições, o partido precisaria da minha assinatura, mas o que aconteceu foi inusitado! Eu nunca me deparei com isso, e é a primeira vez que acontece no Amapá; denunciei essa ilegalidade, fui chamado à Polícia Federal, fiz o exame grafoscópico e foi constatado que houve falsificação grosseira, inclusive com erros nos meus dados pessoais, como profissão, que consta lá como se eu fosse bioquímico, endereço e CPF”, detalhou.

 

Valdenor Guedes diz que resolveu denunciar o que chamou de “fraude” não para prejudicar ninguém, mas sim em nome da legalidade: “Eu não me importo quem vai entrar ou sair, apenas estou procurando os meus direitos; estou conversando com nossos advogados para irmos até o TSE (Tribunal Superior Eleitoral); é vergonho porque estamos em plena democracia, e se isso continuar assim teremos um problema ainda maior lá na frente”, concluiu o ex-deputado.


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