Ibama aprova proposta da Petrobras de limpeza da sonda para perfuração na Foz do Amazonas
A autorização é uma etapa que aproxima a companhia de obter a licença ambiental para a atividade exploratória na região

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) emitiu um parecer técnico em que aprova o plano apresentado pela Petrobraspara limpeza da sonda designada para a perfuração da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A autorização é uma etapa que aproxima a companhia de obter a licença ambiental para a atividade exploratória na região.
Conforme o documento do Ibama, publicado na noite de segunda-feira (10), a proposta da Petrobras de realizar a limpeza do Coral-Sol, uma espécie exótica nativa do fundo do mar e considerada invasora, está de acordo com as recomendações e poderá ser realizada da forma como a companhia apresentou.
Em 10 de fevereiro, a Petrobras enviou ao Ibama uma carta em que dizia que, após inspeção na sonda em 15 de dezembro, constatou-se a necessidade de limpeza das colônias de Coral-Sol na porção submersa do casco do navio.
Procurada pela reportagem nesta terça-feira, a Petrobras ainda não respondeu até a publicação desta nota.
Uma das etapas necessárias para a aprovação da licença ambiental da companhia é a avaliação pré-operacional (APO), uma simulação de vazamento de óleo na região a ser explorada para que a petroleira comprove capacidade de reagir a eventuais acidentes. Para isso, a sonda a ser utilizada na atividade deve estar na região.
A proposta da Petrobras é de realizar a limpeza da sonda na Baía de Guanabara e, depois do trabalho realizado, levá-la à Foz do Amazonas.
Ontem, a imprensa apurou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deve se reunir com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, nesta semana para mediar a relação entre a Petrobras e o órgão ambiental e buscar um avanço na aprovação da licença ambiental.
Em 27 de fevereiro, também foi apurado que a área técnica do Ibama produziu novo parecer em que recomenda a rejeição do pedido de licenciamento ambiental da Petrobras para perfurar a área. A decisão final cabe ao presidente do instituto. O documento ainda está sob sigilo e não consta no sistema do Ibama. No fim de janeiro, Agostinho disse a este jornal que o pedido da Petrobras só avançaria depois de março, com a conclusão da obra da unidade de proteção à fauna na região.
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