Política

Lula diz a Alcolumbre que vai aprovar pesquisas para a exploração de petróleo na Margem Equatorial

Na conversa, o presidente disse que não se pode culpar Marina Silva pelo atraso nas pesquisas na Foz do Amazonas


Reprodução: Google Maps

 

Na reunião que teve hoje com Hugo Motta e Davi Alcolumbre no Palácio do Planalto, Lula se comprometeu com o novo presidente do Senado a destravar logo a proibição de pesquisas na região da Foz do Amazonas, que integra a Margem Equatorial.

 

É a primeira vez que Lula faz uma promessa dessas deixando explícito que é uma decisão que será anunciada no curto prazo. Havia uma preocupação generalizada entre os defensores da exploração na região de que quanto mais perto estivesse da COP30, marcada para novembro, mais difícil seria para o governo bater esse martelo.

 

A Alcolumbre Lula disse que op Brasil não pode abrir mão de receber os benefícios dessa riqueza. O governo calcula ainda que possa arrecadar R$ 1 trilhão com a produção de petróleo na região.

 

 

Falta à Petrobras autorização do Ibama para pesquisas na área, numa operação que precede a exploração de petróleo. Estima-se que na Margem Equatorial, que se estende por mais de 2,2 mil km, do Rio Grande do Norte ao Amapá (estado de Alcolumbre), existam reservas de 30 bilhões de barris de petróleo.

 

Lula sempre se mostrou a favor da exploração da região. Mas o Ibama ainda não liberou nem as pesquisas. Na semana passada, Rodrigo Agostinho, presidente do órgão ambiental, disse que não havia prazo para uma resposta ao pleito da estatal:

— Não consigo prever. A Petrobras apresentou um novo plano de emergência em dezembro, que está sendo analisado pela equipe.

 

Na conserva com Alcolumbre, Lula fez questão de eximir Marina Silva, sabidamente contrária a exploração de petróleo na Margem Equatorial, de culpa pela demora em que esse assunto tenha uma solução definitiva. Lembrou que Marina deixou de ser ministra do Meio Ambiente em 2008 (antes de retornar ao cargo em seu terceiro mandato). E que de lá para cá, outros governantes e ministros do Meio Ambiente não resolveram a questão.

 

(Publicado pelo Jornal O Globo)

 


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