Política

Lula foi infeliz em comparar Israel a Hitler, diz especialista

Professor Daniel Chaves faz análise da repercussão da fala do Presidente, que comparou o holocausto judeu, a mando do ditador alemão, às atitudes políticas contra Palestina


 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

O presidente Lula tem gerado discussões mundo afora com a declaração que deu na cúpula da União Africana, onde comparou a guerra em Gaza com o holocausto judeu. A fala do presidente brasileiro gerou críticas por parte de Israel e rendeu a ele a designação de ‘persona non grata’ naquele país.

 

Sobre os acontecimentos, o programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) ouviu o professor de História Comparada da Unifap, Daniel Chaves, para esclarecer os desdobramentos da fala “ousada e ofensiva”, no dizer dele.

 

Para o especialista, o presidente Lula da Silva fez uma escolha infeliz das palavras, ao citar o holocausto judeu, referindo-se às atitudes do Estado de Israel.

 

Daniel salientou que historicamente o Brasil teve nos últimos 60 anos atitudes favoráveis à paz na Palestina e na criação do Estado de Israel.

 

 

“O Brasil sempre trabalhou na direção da solução dos conflitos para as duas nações”, disse Daniel, alertando que comparar o que chamou de “maior crime contra a humanidade” com a política de governo de Israel é como “comparar o algoz com a vítima”.

 

“Não precisava juntar Israel e Hitler no mesmo balaio”, pontuou Daniel. Acerca do Hamas, o professor lembrou que o grupo é, “sem dúvidas, terrorista”, e segue uma corrente intolerante do Islã sem unanimidade na comunidade palestina.

 

Daniel vê que na situação de Lula um pedido de desculpas cairia bem, porque o mundo precisa de ações ponderadas e Israel é um país que não precisa de agressão contra sua existência”, concluiu o professor.

 


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