Política

MPE vai controlar ticketes em postos e supermercados em Laranjal do Jari

Na ação, o MP Eleitoral requereu que os postos de combustível, na semana de véspera das eleições, informassem os dados tanto dos compradores quanto dos portadores de tickets-combustível. Requereu ainda a identificação de todos que comprassem combustível para utilização em carotes.


PAULO SILVA
DA EDITORIA DE POLÍTICA

O Ministério Público Eleitoral (MPE) da 7ª Zona (Laranjal do Jari) ajuizou duas ações cautelares com a finalidade de coibir a utilização eleitoral de tickets, vales e cupons emitidos por postos de combustível e supermercados.

Na ação, o MP Eleitoral requereu que os postos de combustível, na semana de véspera das eleições, informassem os dados tanto dos compradores quanto dos portadores de tickets-combustível. Requereu ainda a identificação de todos que comprassem combustível para utilização em carotes.

A medida preventiva foi replicada de uma ação promovida pelo promotor eleitoral Vinícius Gahyva Martins, em Mato Grosso, e tem a finalidade de evitar a utilização daqueles vales como moeda de compra de votos.

O promotor eleitoral Rodrigo Assis requereu a aplicação de providência semelhante em relação aos três maiores supermercados da cidade de Laranjal do Jari. Na medida em questão, determinou-se o registro dos compradores e portadores de vales, assim como dos compradores de cestas básicas em quantidade superior a dez.

Também a pedido do MPE, o juiz eleitoral Zeeber Lopes Ferreira realizou duas audiências de justificação com a presença dos representantes das empresas envolvidas, para que se fizesse o devido esclarecimento das ações, assim como o alerta para a vedação de doação por pessoas jurídicas.

O juiz ressaltou que as medidas seriam adotadas a fim de evitar nova instabilidade política em Laranjal do Jari, com o recorrente afastamento de prefeitos em razão de condutas vedadas nas eleições, como se tem verificado nos últimos anos. No município, apenas os prefeitos João Queiroga (já falecido) e Antônio Cruz cumpriram o mandato sem problemas.  Os demais foram afastados pela Justiça ou tiveram o mandato cassado.

“Após tomar conhecimento da iniciativa do promotor eleitoral de Mato Grosso, entramos em contato com o mesmo, decidimos adotá-las também em Laranjal do Jari, adaptando a medida à realidade local e estendendo para os supermercados”, justifica o promotor Rodrigo Assis.


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