Cidades

Padre Paulo promete lutar contra desigualdade e valorizar identidade dos negros

Novo diretor-presidente do Improir foi idealizador e mentor da Sala da Memória do Marabaixo, Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, Museu Afroamazônico e da Semana da África; durante 28 anos celebra a Missa dos Quilombos


 

Douglas Lima
Editor

 

Padre Paulo Roberto, que nessa sexta-feira, 1, foi empossado como diretor-presidente do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), informou na manhã deste sábado, 2, que assumirá o cargo, de fato, segunda-feira, quando vai à sede do órgão se apresentar, conhecer o projeto e o pessoal que lá trabalha, com o propósito de “tomar pé da realidade” e depois, então, começar a andar pelo município.

 

O religioso, que foi ordenado padre em 1991, falou sobre a tarefa de dirigir o Improir, no programa ‘Conexão’ (Diário FM 90,9), antecipando que o seu estilo será fazer o que tem realizado há 34 anos, lutar contra a desigualdade social e valorizar a identidade da raça negra, que ele chama de “pretos”.

 

Paulo Roberto, durante o tempo que citou, foi idealizador e mentor da Sala da Memória do Marabaixo, Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, Museu Afroamazônico e da Semana da África. Durante 28 anos celebra a Missa dos Quilombos, ponto alto da programação da Semana da Consciência Negra.

 

O padre adiantou que já planeja, para o Dia da África, 25 de maio, pesquisar “DNAs de quinhentos pretos do Amapá para descobrir de onde viemos daquele continente”. “A gente não pode falar de batuque, de marabaixo, de costas para África”, provocou, ele próprio se identificando com neto de escrava.

 

O novo diretor-presidente do Improir deixou claro, no programa de rádio, que não centralizará ações. “Ninguém faz nada sozinho, mas sim em equipe”, alertou padre Paulo Roberto, que também invocou a transversalidade como modalidade importante para o bom desempenho de uma gestão pública.

 


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