Política

Paralisação da educação do Amapá leva mais de dois mil manifestantes para frente do Palácio do Setentrião

Em meio à manifestação, surgiu informação de que nesta sexta-feira (31) o governador Clécio Luís chama categoria para negociação de reivindicações


 

Prevista para encerrar nesta sexta, 31 de março, a paralisação dos profissionais da educação do estado conseguiu que 90% das escolas do setor suspendessem as suas aulas e que mais de dois mil manifestantes ocupassem a frente do Palácio do Setentrião, sede do Governo do Amapá, apenas neste primeiro dia, quinta (30).

 

O vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), professor Kelson Luiz Cardoso, informou que a paralisação de dois dias é de advertência pela garantia de direitos da categoria da educação. “Reivindicamos melhorias de trabalho, valorização profissional, atualização de perdas salariais e saúde do trabalhador, entre outros pontos”, esclareceu.

 

Kelson lembrou que os profissionais da educação têm pautas apresentadas ao governador Clécio Luís, à espera de cumprimento, e que a mesa de negociação entre as partes está em aberto. “A gente tem dialogado com a secretária de educação, Sandra Casimiro, com o secretário de administração, Paulo Lemos, e ainda com o próprio governador Clécio. Lembramos que os três são professores. O primeiro momento foi de diálogo, debatemos as propostas que o Sinsepeap apresentou e agora estamos aguardando a contraproposta do governo”, narrou o professor.

A contraproposta do governo do estado, segundo acordo nas negociações, tem que ser feita até 1 de abril, sábado, que é a data-base dos trabalhadores da educação. Em meio à manifestação, surgiu a informação de que nesta sexta-feira o governador Clécio Luís já chama a categoria para negociação em relação à data-base e outras reivindicações dos manifestantes.

 

O Sinsepeap quer reajuste do piso do magistério, recomposição das perdas dos últimos nove anos, melhores condições de trabalho, gestão democrática, aposentadoria dos profissionais da educação, fim do assédio moral e saúde do trabalhador. “Infelizmente, a equipe governamental não apresentou nenhum percentual de reajuste ou proposta para avançar na pauta”, diz um release oriundo do sindicato.

 

“Não podemos ver nossa carreira jogada no lixo. É inadmissível que um profissional da educação siga sendo desvalorizado. Somos nós que contribuímos com a educação dos filhos dos trabalhadores deste estado. Nossa luta é por salário, mas também é para melhorar a educação de todo o Amapá”, frisou Kátia Almeida, presidente do Sindicato que reúne os profissionais da educação do Amapá.

 

Após a manifestação em frente ao Palácio Setentrião, nesta sexta-feira, às 16h, a categoria fará assembleia geral com pauta de indicativo de greve, caso o governo não apresente proposta, o que atingiria os mais de 13 mil servidores públicos da educação do estado do Amapá.

 


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