Política

Paulo Campelo comemora vitória e prega união dos advogados

REELEITO – Atual presidente superou Ulysses Trasel com 27 votos. Cerca de 300 advogados aptos deixaram de votar


Reeleito presidente da Seccional do Amapá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AP), o advogado Paulo Campelo afirmou na manhã desta terça-feira, 17, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que o seu grande desafio, agora, é trabalhar pela união e fortalecimento da classe no estado. Religioso, ele atribuiu a vitória à persistência e da fé.

No total, 1.340 advogados votaram: 633 em Campelo e 607 em Ulysses Träsel. Cerca de 300 advogados aptos deixaram de votar, enquanto aproximadamente 700 votaram graças a liminar concedida pela Justiça Federal garantindo o voto dos advogados inadimplentes. Esses votos não foram contabilizados. Lacrada, a urna foi levada e ficará sob a guarda da Polícia Federal até decisão final sobre a validade dos votos. O Estatuto da Advocacia e da OAB veta a participação de advogados inadimplentes no pagamento de anuidades nas eleições. Houve cerca de 20% de abstenção: cerca de 300 advogados aptos não votaram.

De acordo com Paulo Campelo, faltando poucos minutos para o encerramento das eleições, ocorridas neste domingo, 16, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, derrubou a liminar deferida pelo Juiz João Bosco, da 2ª Vara Federal do Amapá, que permitiu a participação dos advogados inadimplentes no pleito, por isso os votos deles não foram contabilizados. Apesar do elevado número de votantes nessa condição, Campelo garante que não há como o resultado da eleição ser revertido.

“Não tenho nenhuma dúvida que o resultado das eleições final vai ser ratificado pelo Conselho Federal da OAB, que historicamente tem a tendência de confirmar o resultado dos pleitos nos estados, em respeito à democracia, que é a principal bandeira da Ordem dos Advogados do Brasil. Por isso, tenho convicção de que o Conselho Federal não vai de forma nenhuma se contrapor ao que as urnas falaram neste domingo. Tenho convicção que a partir de 1º de janeiro de 2016 nós iniciaremos um novo mandato, com novas perspectivas, novos projetos, com a confiança da advocacia amapaense. Vamos trabalhar ainda mais, porque minha responsabilidade aumentou com esse resultado das urnas”, pontuou campelo.

Para o presidente reeleito, a prioridade, agora, é a união e o fortalecimento da classe: “Esta é a segunda recondução ao cargo de presidente na história da OAB no Amapá; antes, apenas o advogado Washington Caldas se reelegeu. Agora é o momento de desarmar o palanque. Vou procurar o ex-presidente Ulysses Trasel para sentarmos e avaliarmos a possibilidade de aproveitamento das idéias que ele colocou a apreciação da classe na campanha. O desafio é dar continuidade ao processo de união e fortalecimento da classe, trazendo todos os advogados para participarem desse processo. Eu não tenho duvida que o segundo mandato será muito melhor que o primeiro”, prometeu. 

Pleito tumultuado

Ao comentar a campanha eleitoral, Paulo Campelo reconheceu que o pleito deste ano foi muito marcado por conflitos, inclusive muitas vezes por ataques pessoas, além da judicialização do pleito, que o deixou até mesmo oficialmente fora da disputa por vários dias.

“Na verdade, essa eleição foi muito conturbada, todos sabem disso; por vários momentos enfrentei dificuldades, mas em nenhum momento eu perdi fé em Deus que seria candidato e com possibilidades reais de vencer eleição por tudo o que eu fiz durante este primeiro mandato. A tentativa de me excluir do processo é que sabiam que eu era um candidato forte, pujante, com chances de vencer. Entretanto, não existe mágoa, nenhum ressentimento. No meu coração não tem lugar pra isso. Agora é caminhar pra frente, olhar para o futuro, pois o futuro da OAB é grande, temos que ter consciência disso”, pontuou.

Sobre a possibilidade de buscar um terceiro mandato, Campelo descartou: “O Estatuto da OAB não veda, tanto que o presidente da OAB do Espírito Santo está no terceiro mandato consecutivo, mas deixo aqui ratificado que não existe essa pretensão da minha parte; essa possibilidade é zero; eu não quero! Preciso terminar os projetos em andamento, e obviamente construir um projeto de gestão para o futuro sem minha participação. Vou fechar o ciclo de gestão neste segundo mandato e retomar a rotina do trabalho, com a minha família, porque a OAB toma muito o tempo da gente. Vou participar dos processos de eleição da Ordem, como militante, como advogado, não como candidato”, assegurou.

A reportagem tentou conversar com o advogado Ulysses Träsel para que o mesmo fizesse uma análise das eleições e comentasse a proposta de união da classe e aproveitamento das suas propostas de campanha na próxima gestão, mas não conseguiu êxito e tampouco o advogado retornou as ligações. Ramon Palhares


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