Política

Portaria do MTE registra invalidação de sindicatos que apoiam a deputada Jozi Araújo

Documento, publicado no Diário Oficial da União, é datado de 18 de abril.


Uma publicação no Diário Oficial da União, na página do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)), derruba a versão veiculada nessa quinta-feira, 4, de que os sindicatos que apoiam a deputada federal Jozi Araújo (PTN) na Federação das Indústrias do Amapá (Fieap) foram legalizados pelo órgão do governo federal.

Caio Campos, presidente do Sindicato dos Gráficos do Amapá (Sigap), ao negar a informação, mostrou portaria do MTE, datada de 18 de abril, com o registro de que os sindicatos de Papel e Celulose, Extração de Óleos Vegetais, Construção Naval, Indústria de Joalheria e Ourivesaria e de Material Plástico tiveram as suas SDs invalidadas pelo secretário de relações do trabalho do órgão.

SD é a sigla da documentação necessária para legalização de sindicatos. Todas as entidades citadas têm como diretores familiares, parentes e funcionários da deputada. A legalização desses sindicatos significaria poder de força à parlamentar, na Fieap, em termos eleitorais, uma vez que, possivelmente, dentro de uma ou duas semanas haverá pleito para a renovação da diretoria, e ela é candidata à reeleição.

Os opositores da deputada federal, que são maioria na Federação das Indústrias do Amapá, têm Felipe Monteiro, do Sindicato do Vestuário, como candidato a presidente da entidade. A Fieap possui 15 sindicatos devidamente legalizados.

Segundo fonte da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado do Amapá, a notícia de ontem seria um blefe.

Há quem lembre de caso na CGU, que captou desvio de mais de dois milhões de reais da Fieap, recursos pertencentes ao Sesi e Senai, braços da entidade hoje sob intervenção da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). A parlamentar, no entanto, postou que não recebera “qualquer intimação”. “Reitero minha inteira confiança na Justiça, de forma que vou aguardar o teor da notificação para me posicionar”. Isso ocorreu em 20 de março, mas até hoje Jozi Araújo não mais se manifestou.


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