Política

Projeto de energia renovável beneficiará comunidade do Bailique

Termo de concessão de auxílio no valor de R$ 1 milhão foi assinado na quinta-feira, 16


A comunidade Franquinho, no arquipélago do Bailique, será beneficiada com um projeto ligado às energias renováveis. O projeto venceu a chamada pública realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), cujo recurso é resultado do Termo de Cooperação Técnica com a empresa Total E&P do Brasil. Na tarde de quinta-feira, 16, foi assinado o Termo de Concessão de Auxílio Financeiro, no valor de R$ 1 milhão.

O projeto vencedor foi apresentado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap). Viabilidade, importância para a comunidade e sustentabilidade foram os principais critérios avaliados pela Fapeap. O trabalho prevê geração de energia 24 horas utilizando painéis fotovoltaicos, que convertem a energia da luz do Sol em energia elétrica. Hoje, a comunidade que foi escolhida por estar em vulnerabilidade socioambiental, só tem energia elétrica quatro horas por dia, geradas por um motor a diesel.

Durante a assinatura do termo, o governador do Amapá, Waldez Góes parabenizou o projeto que levou em consideração a necessidade da comunidade. “É uma grande inciativa da empresa disponibilizar esse recurso e dos pesquisadores que montaram esse projeto de energia renovável. É uma excelente proposta que após os resultados, poderemos implantar em outras comunidades”, explicou.

Góes ressaltou ainda, que essas iniciativas colaboram com o processo de desenvolvimento econômico do Estado. São novos investimentos que, além de futuramente gerar economia, também focam no bem social. 

A iniciativa do investimento integra a política de compensações da empresa Total, que prevê ações de transformação social das comunidades onde atua. “Ficamos contentes com esse projeto, pois ele apresentará resultados nos quais a nossa empresa acredita”, afirmou o diretor Geral da TotaL E&P, Maxime Rabilloud.

O projeto

O projeto será executado durante 24 meses. Segundo os coordenadores do projeto, 64 pessoas moram em 13 residências na comunidade ribeirinha, e atender cada uma dessas casas com eletricidade ininterrupta e tratamento de água potável custaria mais que o valor disponibilizado pelo projeto. 

Neste caso, o objetivo é que a energia possibilite estimular novas fontes de renda na comunidade. “Com os painéis, a comunidade vai ter energia suficiente para produzir riqueza e aumentar a renda, além de reduzir o consumo de sódio que é extremamente danoso à saúde. Pretendemos levar qualidade de vida a essas pessoas”, explicou a doutora em tecnologia da madeira, Carla Priscila Távora Cabral, coordenadora técnica do projeto.

O tratamento de água por membranas também está incluso no projeto. Painéis solares serão utilizados para mover dois motores. Um, puxará a água de um poço artesiano, e o segundo impulsionará o líquido pelas membranas responsáveis pelo tratamento. Esse sistema foi escolhido pela fácil manutenção e autonomia.

Dessa forma, os pesquisadores atendem a uma das principais exigências do edital, que é garantir que a população dê continuidade aos trabalhos após a finalização do projeto. “Como aquela região é na foz do Rio Amazonas, a água é salobra. Com o tratamento será possível dessalinizar e oferecer uma água de qualidade. E nesse caso, ela será distribuída em cada casa, atendendo toda a comunidade”, explicou o doutor em desenvolvimento e inovação tecnológica, Gabriel Araújo da Silva, coordenador administrativo do projeto.

Paralelo à execução do projeto, os pesquisadores aproveitarão as próprias formações para levar aos moradores de Franquinho a estrutura da Ueap, através de cursos e oficinas, transmitindo conhecimentos que sejam aplicáveis, mantendo o tripé de ensino, pesquisa e extensão. Após a implantação do projeto, os pesquisadores farão uma avaliação dos impactos gerados na comunidade.


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