Política

Promotoria da Saúde apresenta projeto “AtuAção pela Vida” na Câmara de Vereadores de Macapá

A partir do projeto, o MP-AP espera contribuir para o fortalecimento das redes de atendimento, acolhimento, aconselhamento e acompanhamento de pessoas com ideação suicida no Estado. Outro objetivo é fazer com que o assunto seja discutido de forma mais assertiva, com foco na prevenção, orientação e valorização da vida. 


Na sessão da última quinta-feira (8), a convite do presidente da Câmara de Vereadores de Macapá (CMM), vereador Marcelo Dias, a titular da 2ª Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Amapá (MP-AP), promotora de Justiça Fábia Nilci, apresentou aos parlamentares e comunidade em geral, o projeto “AtuAção pela Vida”, uma iniciativa de prevenção ao suicídio e fortalecimento da rede de acolhimento.

“Com a certeza de que a informação salva vidas e que a maioria dos casos de suicídio são preveníeis, o projeto AtuAção pela Vida realizará capacitações para profissionais das áreas da saúde, educação e mídia, no sentido de saber, sentir e agir nos casos de ideação suicida”, iniciou a promotora.

O suicídio é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um grave problema de saúde pública. O tema deve ser tratado sem tabu, levando as pessoas a refletirem sobre o assunto, mas sem medo, estigmas e preconceitos. Qualquer pessoa pode chegar a um ato extremo e isso não significa fraqueza, falta de amor ou fé.

“Cabe destacar que esse fenômeno social tem se repetido indiscriminadamente nas mais variadas classes sociais e em diferentes faixas etárias, tanto que, embora o percentual de casos esteja entre os idosos, o suicídio já está entre as três principais causas de morte na faixa etária de 15 a 44 anos;  segunda principal causa no mundo, se computarmos apenas indivíduos entre 15 e 29 anos. No Brasil, mais de 11 mil pessoas tiram a vida anualmente”, detalhou a promotora.


Dados da Vigilância em Saúde do Amapá indicam um aumento de 27%, entre 2017 e 2018, dos casos no Estado. Por outro lado, a OMS alerta que o suicídio pode ser prevenido em até 90% dos casos. Estudos técnicos apontam que, seja pela prevenção, serviços efetivos de intervenção e/ou tratamento adequado, muitos casos de autoextermínio podem não chegar à consumação.

“É chegada a hora de mudarmos esse quadro em que se encontra o nosso Amapá, Brasil e o mundo, e unirmos forças, por isso, também venho aqui apresentar a necessidade de implantação de uma política municipal voltada ao trabalho e prevenção ao suicídio. Que possamos seguir firmes nesse propósito de fazermos a necessário em respeito e valorização da vida. Contamos com o apoio de todos”, finalizou a representante do MP-AP.

Na sequência os vereadores Nelson Souza, Patriciana Guimarães, Rinaldo Martins, Yuri Pelaes, Grilo, professor Rodrigo, Maraína Martins e Bruna Guimarães ressaltaram a importância do debate e manifestaram apoio ao projeto. Acompanharam a sessão, ainda, o doutor em psicologia, Washington Brandão, do Ambulatório de Atenção à Crise Suicida da Unifap (AMBCS), parceiro do projeto AtuaAção pela Vida.


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