Política

R$ 20 pregado em ‘santinho’ suscita debate sobre voto facultativo

O promotor de política do Centro de Apoio Eleitoral, Ricardo Crispino, revelou, na manhã desse sábado, 29, uma denúncia inusitada ocorrida nas eleições municipais de 2 de outubro.


Crispino descreveu que a fiscalização da Justiça Eleitoral foi chamada para atender a uma ocorrência de tentativa de compra de voto.

Ao chegar ao local, os fiscais encontraram uma senhora de idade apavorada porque haviam lhe dado um ‘santinho’ de candidato com uma cédula de 20 reais grampeada no reverso.

A eleitora chamara a Justiça afiançando que não pactuava com aquele tipo de coisa porque tinha candidato a votar e não aceitava vender o seu voto.

A inusitada informação do promotor Ricardo Crispino foi dada no programa Togas&Becas (Rádio Diário FM 90,9) e suscitou debate sobre uma possível implantação do voto facultativo no Brasil.

Um dos apresentadores do programa, o advogado Evaldir Mota observou que o voto facultativo no país poderia fomentar ainda mais a corrupção eleitoral.

Para o advogado, somente as pessoas mais esclarecidas poderiam ir às urnas ou não, livremente, enquanto que os menos esclarecidos se responsabilizariam em votar mediante a venda do  seu sufrágio.

site-banca2O promotor Crispino observou que o Brasil não está preparado para o voto facultativo, em razão da educação, que ainda é fraca no país.

O representante do Ministério Público disse temer que a não obrigatoriedade do voto poderia aumentar mais ainda a negociação do sufrágio do que no sistema atual.

O titular do Togas&Becas, advogado Helder Carneiro, analisou que a questão da educação é relativa sobre o voto facultativo.

Helder citou o caso dos Estados Unidos, onde o presidente democrata Barack Obama pede que a população vote em peso, temendo que a colega Hillary Clinton perca a eleição para o republicano Donald Trump.

O apresentador do programa radiofônico também deu o exemplo da França, onde os socialistas pedem que o eleitorado vá às urnas para a extrema direita não voltar ao poder.


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