Política

Randolfe defende prisão para Weintraub e reafirma que Bolsonaro tentou intervir na PF

Senador pelo Amapá usou a rede social Twitter, para repercutir vídeo liberado por Celso de Mello


Presidente Jair Bolsonaro e ministros (incluindo Sergio Moro, que então chefiava a pasta da Justiça) durante reunião de 22 de abril - Foto: Marcos Corrêa/PR

Oito senadores, entre eles Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comentaram no Twitter o conteúdo do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, liberado parcialmente na sexta-feira (22) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Segundo o site do STF, a decisão do ministro foi tomada no âmbito do Inquérito 4831, no qual são investigadas as declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro sobre “a suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal”.

 

Com a decisão, qualquer cidadão poderá ter acesso ao conteúdo do encontro de ministros com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto há um mês. Celso de Mello também autorizou o acesso à íntegra da degravação do vídeo. Foram suprimidos apenas “trechos específicos em que há referência a dois países com os quais o Brasil mantém relação diplomática”, segundo o mesmo site.

 

O senador Randolfe Rodrigues postou uma foto em que sugeria também punição dura para o ministro da Educação: “Cadê a ordem de prisão contra Weintraub? Não tem conversa alguma. Tem que ser preso urgentemente!”. Em texto publicado logo depois, o senador corroborou a acusação de Moro com relação às tentativas de Bolsonaro de intervir na Polícia Federal. Randolfe primeiramente reproduziu uma das falas do presidente na reunião: “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro e não consegui. E isso acabou. Não vou deixar f* minha família toda”. Em seguida, o parlamentar apresentou sua interpretação sobre o sentido das palavras de Bolsonaro: “interferência na Polícia Federal”.

 

Esse tuíte do senador pelo Amapá tem referência à outra manifestação de Bolsonaro — “Quero o povo todo armado” — que recebeu igualmente uma observação de Randolfe, na forma de pergunta: “O povo ou a sua milícia?”.


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