Política

Randolfe diz ter certeza que Brasil perdeu tempo e muitas vidas poderiam ter sido poupadas

Vice-presidente da CPI da COVID vai ao rádio fazer uma avaliação das primeiras duas semanas das investigações da comissão do Senado.


Cleber Barbosa

Da Redação

 

O senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) – que é vice-presidente da CPI da COVID – disse nesta sexta-feira (14) que apesar de estar na fase inicial, os primeiros depoimentos de testemunhas na investigação no Senado já lhe deram uma lamentável certeza de que o Brasil poderia ter vacinado sua população no ano passado. E um número importante de vidas poderia ter sido poupado.

O parlamentar concedeu entrevista ao programa LuizMeloEntrevista, na Diário FM (90,9) quando explicou mais o que lhe dá essa certeza. “Segundo depoimento do doutor Carlos Murilo, executivo da Pfizer, ficou comprovado que no mesmo momento que norte-americanos e britânicos começaram a vacinar sua população, costa-riquenhos, chilenos e mexicanos, como também países da América Latina com economias inferiores à nossa, também começaram a imunizar sua gente”, disse ele.

Para Randolfe, se o Brasil tivesse iniciado a vacinação em 17 de dezembro do ano passado, conforme planejamento dos laboratórios, haviam previsto, a segunda onda da pandemia poderia ter sido evitado e estados como o Amazonas não teria vivenciado uma escalada de mortes como foi visto, nem os amapaenses teriam chorado por tantas mortes entre sua população.

Ele lembrou que esses países que tomaram a decisão acertada de buscar a vacinação, hoje colhem os frutos disso, retomando a vida já sem o uso das mascaras de proteção.

O senador disse que a vacina chinesa Coronavac hoje imuniza 8 de cada 10 brasileiros e 9 de cada 10 amapaenses. “Nós não temos a vacina chinesa para garantir a segunda dose porque algumas pessoas insistem em atacar o maior fornecedor de insumos de vacina para o Brasil”, ponderou Rodrigues.

Ainda segundo Randolfe, as primeiras tratativas de fornecimento de vacina começaram em maio, com a primeira proposta formal ao Brasil em 12 de setembro do ano passado. “Em novembro, disse, começou a se cogitar a necessidade de se ter uma lei para dar segurança jurídica para a aquisição das vacinas, mas não precisava, já temos legislação para isso, desde 2016, sobre transferência de tecnologia, que já garantiria a segurança da contratação”, recordou o senador.

Por fim, ele informou que outros representantes de laboratórios que são fornecedores de vacinas ainda serão ouvidos pela CPI e está confiante que as apurações irão avançar e revelar os bastidores e as falhas do país em relação ao combate ao novo Coronavírus.


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