Política

Randolfe Rodrigues lamenta situação da saúde no país e no Amapá

Randolfe citou uma pesquisa publicada pela revista Exame, com dados do IBGE e do DataSUS, assinalando que as taxas de mortalidade continuam altas e a expectativa de vida continua baixa. Segundo o senador, países como Chile, Uruguai, Argentina, Cuba e México têm registros bem à frente do Brasil. 


Em discurso no Plenário na noite desta quarta-feira (14), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lamentou a situação da saúde no país. Ele reconheceu que, nos últimos anos, a saúde tem avançado, mas a situação atual ainda “retrata um quadro totalmente preocupante”. 

Randolfe citou uma pesquisa publicada pela revista Exame, com dados do IBGE e do DataSUS, assinalando que as taxas de mortalidade continuam altas e a expectativa de vida continua baixa. Segundo o senador, países como Chile, Uruguai, Argentina, Cuba e México têm registros bem à frente do Brasil. 

“Aqueles que são mais pobres não têm direito a nascer. Se escaparem, não terão acesso à educação de qualidade”, lamentou o senador.

 Randolfe disse que o acesso à saúde também preocupa. Com base na pesquisa da revista Exame, o senador informou que o Brasil tem 2,35 leitos de hospital para cada mil habitantes. Na Alemanha, esse número é de 8,3, e no Japão é de 13,4. Ainda de acordo com a pesquisa, o Brasil registra que, a cada mil bebês nascidos vivos, 15 morrem antes de completarem um ano. Em Cuba, esse número é de 5,1. Na visão do senador, essa parte da pesquisa fica ainda mais preocupante quando são vistos os dados dos estados brasileiros. Enquanto Santa Catarina registra o índice de 10,1, Amapá registra 23,9 bebês mortos até um ano a cada mil nascidos vivos. Randolfe acrescentou que o Amapá tem apenas 1,6 leitos de hospital por mil habitantes. 

“Esses dados mostram uma situação de caos na saúde amapaense. Esses números deveriam servir de motivo de vergonha para os políticos”, declarou. 

Randolfe lembrou que várias matérias da imprensa mostraram o caso de uma mãe do Amapá que “não pode sequer enterrar o corpo de seu bebê”. Em agosto passado, uma jovem mãe foi informada da morte do seu bebê, de apenas um mês. Ao tomar as providências para o sepultamento, ela ficou sabendo que o corpo do bebê havia sido incinerado por engano, junto com o lixo hospitalar. Segundo o senador, a rede de hospitais do Amapá sofre com uma das situações mais precárias entre os estados brasileiros. 

“O Amapá é o sexto estado brasileiro que mais recebe recursos per capita para a saúde. Ou seja, não é falta de dinheiro, é falta de prioridade da elite”, afirmou Randolfe Rodrigues.


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