Política

Senador Lucas Barreto alerta sobre perigo de barragens romperem no Amapá

Parlamentar cita caso de duas construídas no município de Pedra Branca do Amapari; uma delas possui volume de rejeitos de minério superior ao de Brumadinho.


Douglas Lima
Da Redação

Em entrevista telefônica nesse sábado, 20, diretamente de Brasília para a Redação do Diário do Amapá, o senador Lucas Barreto alertou que toda a região que envolve os rios Amapari e Araguari está passível de grande desastre, com consequências imprevisíveis, caso providências não sejam tomadas para segurança da barragem de rejeitos de minério de ferro ‘Mário Cruz’ e de uma barragem de água, nas proximidades, ambas no município de Pedra Branca do Amapari.

Lucas já se pronunciou acerca do assunto, no Senado. Ele informou na entrevista que por conta da sua preocupação com as duas barragens a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Amapá vai tratar do assunto, chamando responsáveis pela empresa Zamin e autoridades do setor de mineração para exigir tomada de providências.

A mineradora Zamin, que assumiu no Amapá as atividades da Anglo American com minério de ferro, seria a responsável pelas duas barragens construídas pela antecessora. O senador Lucas Barreto denunciou que há cinco anos a barragem com rejeitos não recebe manutenção e a de água, há mais tempo. Todo o estado do Amapá teria 39 barragens.

O parlamentar analisa que caso a barragem de água rompa, levará de roldão a barragem de rejeitos de ferro, movendo um volume de lama muito superior ao que deslizou na tragédia de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, em janeiro passado. Seriam atingidos pelo mar de lama os municípios de Ferreira Gomes e Porto Grande, além de Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio.

O senador também analisa que o rompimento causaria grande desequilíbrio ambiental e ecológico nos rios Amapari e Araguari, e ainda danificaria as hidrelétricas do Caldeirão, Coaracy  Nunes e Ferreira Gomes.

O rompimento apenas da barragem Mário Cruz provocaria estragos semelhantes. Esse serviço de engenharia contém cerca de 18 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, seis milhões a mais do que a de Brumadinho represava.


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