Política

Senador Randolfe recebe ameaça e vai à polícia

O parlamentar recebeu telefonemas em seu gabinete e mensagens de WhatsApp


O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) registrou boletim de ocorrência em Brasília, nesta quinta (13) comunicando que está sofrendo ameaças de morte.

O parlamentar recebeu telefonemas em seu gabinete e mensagens de WhatsApp de pessoas que o atacavam por sua posição contrária ao decreto de armas do presidente Jair Bolsonaro.

Em uma das ligações, uma pessoa que se identificava como militar disse, segundo a equipe de Randolfe, que “é fácil ser contra o decreto de armas sendo que ele anda com seguranças armada”.

Em outra chamada, a pessoa disse: “Eu desafio o senador a sair na rua sem os seguranças armados”.

No WhatsApp, um cidadão que disse: “Nós, profissionais de segurança privada, estamos nos comunicando com colegas do Amapá para comunicar seu posicionamento contra o porte de armas”.

E dizia que, quando o senador fosse ao Rio “para participar de festinhas noturnas”, seria recebido com “caixas de ovos”.

Em nota publicada em suas redes sociais, o senador Randolfe disse que desde o primeiro anúncio de sua contrariedade ao absurdo e famigerado Decreto das Armas do presidente da República Jair Bolsonaro, que flexibiliza a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo no país, vem sofrendo graves ameaças à sua vida e integridade física.

E continua a nota, dizendo que tudo piorou e tomou proporções gigantescas desde a vitória na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na última quarta-feira (12), quando derrotou o relatório contrário ao PDS que suspende o decreto. “São centenas de ameaças nas redes sociais, nos telefones do meu gabinete em Brasília e também no de Macapá. Mais grave ainda: distribuíram meu número pessoal em redes sociais. Agora o meu celular está domado por mensagens e ameaças virulentas. Mas não nos intimidarão! Esse é mais um motivo que comprova o que queremos mostrar: armas não são a solução! Os “cidadãos de bem”, que hoje me ameaçam, seriam os mesmos que fariam uso de seu armamento para atacar os que não compartilham a mesma opinião, e não para “ se defender” como tantos alegam. Seguiremos na luta contra a instalação de um bang-bang no país, insistindo que a solução para a violência no Brasil é investimento em segurança pública, além da valorização dos policiais brasileiros, assim como o policiamento ostensivo e operações diárias nas fronteiras para acabar com a entrada de armas em nosso território. E, evidentemente, tomaremos todas as medidas cabíveis, incluindo as judiciais, para conter essa situação. Aos que acompanham a mim e ao meu trabalho com respeito ou admiração”, finaliza o parlamentar.


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