Senador Randolfe recebe manifesto e mostra perfil dos signatários
Documento é em resposta à carta aberta de pesquisadores nacionais contrários à exploração de petróleo no Amapá, propondo criação de fundo financeiro como compensação pela não exploração do recurso

Douglas Lima
Editor
Em ato na manhã deste sábado, 10, na Universidade do Estado do Amapá (Ueap)), o senador Randolfe Rodrigues recebeu Carta assinada por cerca de cem intelectuais e cidadãos da região amazônica, a ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apoiando pesquisas sobre a possível existência de petróleo na Margem Equatorial do Amapá.
Líder do governo federal no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues disse, na ocasião, que o importante era destacar que a Carta é um manifesto preparado por pesquisadores do Amapá, que têm vivências e sabem que o estado é o que tem maior número de unidades de conservação e todos os territórios de seus povos originários demarcados. Em suma, um conjunto de patrimônio ambiental, que tem que ser reconhecido.
O parlamentar fez a observação porque o documento amazônico foi elaborado em resposta à carta aberta redigida por um grupo de pesquisadores nacionais, contrários à exploração de petróleo na região, sem a participação de sequer um amapaense, e também propondo a criação de um fundo financeiro como compensação pela não exploração do recurso.
“Esses nossos pesquisadores não aceitam propostas de outros pesquisadores que não conhecem a realidade do Amapá, que nunca estiveram concretamente aqui. Não aceitamos o argumento da compensação, pois queremos é a mudança de nossa matriz de desenvolvimento, e isso se fará com o uso sustentável das nossas riquezas”, defendeu Randolfe.
O senador apontou que os signatários amazônicos da Carta ao presidente Lula sabem que 50% da população amapaense ainda vivem de programas sociais, e precisa do uso sustentável de suas riquezas. “Eles não são contra as medidas de proteção do meio ambiente, mas também compreendem e exigem que quem tem que falar sobre a Amazônia, em primeiro lugar, é quem a conhece de fato”, pontuou.
“Eles não moram na Faria Lima, não moram na avenida Paulista, não moram em Ipanema ou no Leblon, e exigem o reconhecimento do Brasil de que a Amazônia tem as suas belas florestas, mas que o Amapá em especial tem 850 mil pessoas que merecem também ter direito à pesquisa e sobretudo à exploração sustentável dos seus recursos”, completou o líder do governo a respeito dos que assinam a Carta Manifesto.
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